A passageira da Itapemirim Raquel Borges, de 30 anos, uma das afetadas pela suspensão de voos da companhia, espera há dois dias no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um novo voo para voltar para Salvador, onde mora.
"Eu estou aqui desde quinta; não tomo banho, não como. Pelo amor de Deus", desabafa.
A orientação da companhia é que passageiros que estão retornando para casa serão remanejados para voos de outras empresas. Já os que têm passagem de ida e volta e ainda estão na cidade onde residem não vão viajar e terão os valores devolvidos.
Raquel já chorou diversas vezes e pediu assistência aos funcionários da companhia no aeroporto, mas não obteve a ajuda esperada e ainda sofre para conseguir uma solução para o seu caso.
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Ela atua como consultora óptica e tinha viajado a São Paulo a trabalho. A volta estava marcada para as 21h45 de quinta-feira (16). No aeroporto de Cumbica, ela foi informada de que não havia lugar no voo e que seria remanejada. Ela relata que, após muita reclamação e cobrança por hospedagem, foi mandada para um hotel onde não havia quartos reservados. "Não tinha mais quarto disponível. Só alugaram 40 quartos", conta.
Ela voltou então para o aeroporto de Garulhos, onde procura se acomodar para aguentar a espera. "Daqui a pouco já é Natal, será que esse povo não tem Deus no coração", disse.