PF faz operação contra núcleo financeiro do PCC em 7 estados
Investigação aponta a circulação de R$ 1 milhão por mês em contas utilizadas para o crime. Foram bloqueadas mais de 400 contas bancárias
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (6) uma operação para desarticular o núcleo financeiro da organização criminosa (PCC), apontada pela polícia como responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.
Cerca de 180 policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão, 30 mandados de prisão. Desses, oito serão cumpridos em presídios, três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná. A investigação aponta a circulação de aproximadamente R$ 1 milhão por mês nas diversas contas utilizadas em benefício do crime. Segundo a polícia, foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país.
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Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Piraquara, no Paraná, nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel, Guarapuava no estado do Paraná, Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia e São Paulo, no Estado de São Paulo, incluindo também no presídio de Valparaíso, em São Paulo, além de outros locais nos estados do Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.
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A investigação teve início em fevereiro deste ano a partir de informações que apontavam a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa estabelecido na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná. A Polícia Federal atua em razão do caráter interestadual da organização.
Segundo a polícia, o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a facção criminosa em âmbito nacional. Os pagamentos - também chamados de “rifas”- eram repassados por intermédio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de métodos para dificultar o rastreamento.
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Os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar comprar armas de fogo e drogas para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização em locais próximos a presídios.
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Os suspeitos devem responder pelos crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico e organização criminosa. A operação ocorreu com apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, Departamento Penitenciário Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e Polícia Militar do Estado de São Paulo.