Polícia civil de SP analisa troca de mensagens entre delegado e modelo
Material revelaria o motivo da briga entre o casal que resultou na morte da jovem e nos ferimentos do policial, em São Bernardo do Campo
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A Polícia Civil de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, analisa uma troca de mensagens entre o delegado Paulo Bilynskyj, de 33 anos, e a modelo Priscila Delgado Bairros, de 27 anos. O material revelaria o motivo da briga entre o casal que resultou na morte da jovem e nos ferimentos do policial, que está internado em um hospital da região. As informações são da Record TV.
Os responsáveis pela investigação não divulgam detalhes do caso, mas especula-se que Bilynskyj conversava com uma ex-namorada em um aplicativo e teria dito que havia se separado de Priscila. O delegado teria afirmado que a modelo iria embora de sua casa na manhã seguinte, dia em que ocorreu o crime.
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O delegado da Polícia Civil alega que a modelo não teria aceitado o fim do romance e que utilizou a arma dele durante a discussão. Paulo diz que foi atingido por seis tiros e que Priscila cometeu suicídio ao disparar contra o próprio peito.
Segundo os pais da modelo, o casal se conhecia havia pouco mais de um mês e pretendia se casar. Ainda de acordo com os familiares de Priscila, o delegado havia comprado passagens aéreas para que ambos, moradores de Parobé (RS), pudessem vir a São Paulo.
"Sogrinha, ontem à noite a gente comprou a passagem já pra vocês virem, tá? Já está tudo garantido. A gente conseguiu um preço bom", disse o delegado Paulo Bilynskyj em uma mensagem de áudio enviada à mãe da jovem.
Os parentes Priscila cobram a agilidade na elucidação do crime. "Se o que ele estiver falando não for a verdade, eu quero que a verdade prevaleça. Aqui é um pai que está falando", disse Wilmar Brunismann de Bairros, pai da modelo.
No entanto, a família não acredita na versão apresentada pelo policial e contratou um advogado para acompanhar o inquérito policial em andamento no 1º DP de São Bernardo do Campo.
"Se aquilo que ele trouxe não encontra reflexo na prova que vai ser produzida pela Polícia Científica, pela Polícia Judiciária, nós iremos buscar a responsabilização dele pela atitude cometida", afirmou o advogado José Roberto Rosa.