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Polícia Civil indicia mãe de Gael por suspeita do assassinato do filho

Caso foi registrado como homicídio qualificado consumado com emprego de meio insidioso ou cruel. Polícia pediu prisão preventiva

São Paulo|Isabelle Gandolphi e Mariana Rosetti, da Agência Record

Gael, de 3 anos, foi encontrado morto no apartamento da família, em São Paulo
Gael, de 3 anos, foi encontrado morto no apartamento da família, em São Paulo

A Polícia Civil indiciou a mãe de Gael de Freitas Nunes, de três anos, pela suspeita do assassinato do garoto nesta segunda-feira (10), em São Paulo (SP), e pediu à Justiça paulista a prisão preventiva da mulher de 37 anos.

O caso foi registrado pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher como homicídio qualificado consumado com emprego de meio insidioso ou cruel, ou que resulte em perigo comum.

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O caso

Gael morreu na manhã desta segunda, com sinais de agressão no bairro Bela Vista, no centro da capital paulista. A mãe, principal suspeita pelo crime, foi presa em flagrante.

Segundo relatos da tia-avó, que vivia com os dois, por volta das 9h o garoto havia ido à cozinha do apartamento, onde estava a mãe.


A tia-avó permaneceu na sala e a irmã do menino, de 13 anos, estava no quarto. A tia-avó contou que ouviu a criança chorar, mas pensou que ele queria o colo da mãe, como era comum. Ela chamou Gael para voltar a assistir desenho, mas a mãe respondeu que o filho iria ficar na cozinha.

Cerca de cinco minutos depois a idosa escutou barulhos fortes de batidas na parede, mas achou que o som era de outro apartamento. A tia-avó relatou que logo depois o menino parou de chorar. Ainda de acordo com a tia-avó, cerca de 10 a 15 minutos depois, ela ouviu o barulho de vidros estilhaçando, foi até a cozinha e encontrou o menino no chão, coberto com uma toalha de mesa, em meio a uma poça de vômito.


A mãe estava ao seu lado. A tia-avó do garoto perguntou para a mãe o que tinha acontecido com Gael, mas a mulher, que parecia estar em estado de choque, não disse nada.

A mãe de Gael afirma não se lembrar do momento da morte da criança. De acordo com o advogado de defesa da mulher, Fábio Costa, ela teria relatado um lapso de memória entre a noite de domingo (9) e a tarde da segunda-feira (10).

A mulher, presa na madrugada desta terça-feira (11), disse que se lembra de estar deitada com Gael e sua filha mais velha quando sentiu seu corpo quente. Ela teria ido tomar banho, dormido e acordado apenas no momento em que várias pessoas a tiravam do chuveiro.

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