Polícia identifica palmeirense que atirou garrafa durante briga que terminou com torcedora morta
Investigadores reconheceram três pessoas e agora tentam descobrir qual estilhaço atingiu o pescoço de Gabriela Anelli
São Paulo|Estela Marconi e Kaic Ferreira, da Agência Record
A Polícia Civil de São Paulo afirmou, nesta quarta-feira (19), que identificou um torcedor do Palmeiras que arremessou uma garrafa durante a confusão que terminou com a morte de Gabriela Anelli, de 23 anos.
Segundo a diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Ivalda Aleixo, os investigadores têm três suspeitos e agora tentam descobrir qual garrafa gerou o estilhaço que atingiu o pescoço da torcedora palmeirense.
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A Polícia Civil analisou imagens da briga em frente ao Allianz Parque, no dia 8, e descartou a participação de diversas pessoas na morte de Gabriela. Segundo Aleixo, investigadores paulistas podem ir ao Rio de Janeiro para ouvir integrantes de organizada do Flamengo.
No sábado (15), agentes da DHPP realizaram uma reconstituição do caso nas imediações do estádio do Palmeiras com o objetivo de esclarecer as informações passadas à polícia por testemunhas, bem como entender o local exato de onde a garrafa foi jogada.
Reviravoltas do caso
Um torcedor do Flamengo, que saiu do Rio de Janeiro para assistir ao jogo em São Paulo, foi preso horas depois do incidente. No dia 12, o MPSP (Ministério Público de São Paulo) pediu a soltura do rubro-negro, que deixou o centro de detenção provisória horas depois.
A atuação do delegado César Saad, da Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), foi questionada pelo MPSP e pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo). As instituições entenderam que a ação do investigador foi "precipitada" ao prender o torcedor do Flamengo.
A juíza Marcela Raia de Sant'Anna classificou como "lamentável" a postura de Saad e afirmou que ele "se mostrou açodado e despreparado para conduzir as investigações".
O promotor Rogério Leão Zagallo solicitou a transferência da investigação da Drade para o DHPP para que as diligências seguissem "longe de sucumbirem ao doce sabor da vaidade massageada pela fama, ainda que momentânea".
Sob supervisão de Augusta Ramos