Polícia recupera quase 400 celulares furtados durante blocos de Carnaval em São Paulo
Operação Off-line descobriu um esquema organizado por uma quadrilha de estrangeiros e prendeu integrantes
São Paulo|Do R7
Uma operação com oficiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) recuperou 390 celulares entre o início do pré-Carnaval e a Quarta-Feira de Cinzas, durante os desfiles de blocos carnavalescos na zona central de São Paulo.
Os aparelhos foram encontrados com membros de esquemas de furto, roubo e receptação. A operação Off-line, que cumpriu mais de 24 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (22), identificou e prendeu 17 envolvidos nos crimes, além de duas adolescentes infratoras.
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A equipe antipirataria da 1ª Delegacia DIG (Divisão de Investigações Gerais) apreendeu dez notebooks (possivelmente utilizados para o desbloqueio dos aparelhos), 50 cartões magnéticos, 26 porções e um tablete de maconha, duas balanças e R$ 1.600 em dinheiro.
Além dos 390 celulares recuperados no período de Carnaval, somam-se outros 59 aparelhos apreendidos em operações pré-festejos, que resultaram em quatro prisões.
Esquema organizado
As investigações levaram os agentes até um esquema organizado que envolve furtos de celulares em blocos de Carnaval. Os aparelhos acabam em centrais de desbloqueio, onde são retirados dados das vítimas e é feita a recodificação.
O destino final, de acordo com o Deic, muitas vezes é a exportação para outros países. Os presos no esquema respondem por furto, receptação e associação criminosa.
Quadrilha de estrangeiros
Dados obtidos pelo setor de Inteligência da GCM (Guarda Civil Metropolitana) de São Paulo ajudaram a ação Off-Line a encontrar um núcleo operado por estrangeiros que seriam responsáveis por recolher os aparelhos de procedência ilícita e enviá-los para outros países.
A polícia prendeu sete pessoas envolvidas em furtos durante a passagem de um bloco de Carnaval em Pinheiros, na zona oeste, na tarde da terça-feira (21). A quadrilha contava com colombianos, peruanos, equatorianos e venezuelanos. Os presos foram autuados por furto qualificado e associação criminosa.
Oficiais da 2ª DIG flaglaram toda a operacionalidade da quadrilha, inclusive identificaram as funções específicas de cada envolvido. Uns eram responsáveis pelo furto, outros por repassar e ocultar os aparelhos.
A equipe recuperou 25 aparelhos celulares subtraídos durante o evento. Três envolvidos apresentavam passagens por receptação, e um deles por furto também. Duas vítimas foram identificadas, e os policiais prosseguem para identificar os outros donos dos celulares.