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Prefeitura de São Paulo recebe R$ 34,9 milhões confiscados de Maluf

O dinheiro faz parte de um montante de R$ 344 milhões que Maluf teria desviado dos cofres públicos durante sua gestão na cidade

São Paulo|Do R7

Maluf, 88 anos, cumpre em regime domiciliar pena de 7 anos, 9 meses e dez dias
Maluf, 88 anos, cumpre em regime domiciliar pena de 7 anos, 9 meses e dez dias

A Prefeitura de São Paulo recebeu um depósito de R$ 34,944 milhões – equivalentes a US$ 8,4 milhões – direto da Ilha de Jersey, no Reino Unido, valor confiscado de contas atribuídas ao ex-prefeito Paulo Maluf (1993/1996).

Leia também: Relembre a prisão de Paulo Maluf

O dinheiro faz parte de um montante de R$ 344 milhões que Maluf teria desviado dos cofres públicos durante sua gestão, inclusive nas obras da Avenida Água espraiada, hoje Roberto Marinho.

Maluf, 88 anos, cumpre em regime domiciliar pena de 7 anos, 9 meses e dez dias pelo crime de lavagem de dinheiro.


O promotor de Justiça Silvio Antonio Marques, que integra os quadros da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da Capital – braço do Ministério Público do Estado -, informou que os R$ 34,944 milhões fazem parte de um volume total superior a US$ 200 milhões ‘que ainda têm que ser repatriados’ de Jersey.

“A família Maluf movimentou em Jersey cerca de US$ 230 milhões. Ainda falta muito dinheiro.”


Os R$ 34,944 milhões estavam estocados em uma conta da offshore Macdoel Investment Limited, da qual Maluf era o verdadeiro controlador, segundo as investigações. Outras duas offshores também foram usadas para manter em Jersey recursos desviados do erário paulistano, segundo a Promotoria – Kildare e Durant International.

A investigação mostrou que os valores desviados de obras milionárias em São Paulo, especialmente grandes obras de engenharia civil, foram enviados para os Estados Unidos e Suíça, depois Inglaterra e até Jersey. Uma parcela menor foi para a França e outra para Luxemburgo.


O promotor Marques destaca que entre 1996 e 1997, Maluf repatriou US$ 92 milhões para investir na empresa da família, a Eucatex.

A Promotoria avalia que provavelmente os bens da família Maluf e da Eucatex ‘não serão suficientes para pagar todas as despesas de condenação pelo prejuízo de R$ 344 milhões aos cofres públicos’.

Defesa

O ex-prefeito sempre negou a prática de ilícitos em sua administração. Ele afirma que jamais manteve contas no paraíso fiscal de Jersey.

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