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Prefeitura de SP tomba o Complexo Penitenciário do Carandiru

No despacho, a Secretaria de Cultura explica quais são as estruturas que serão preservadas integralmente ou parcialmente 

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7, com informações da Agência Record

A antiga casa de detenção foi palco de grandes rebeliões
A antiga casa de detenção foi palco de grandes rebeliões

O Complexo Penitenciário do Carandiru, em Santana, na zona norte da capital, foi tombado pela Prefeitura de São Paulo. A informação foi divulgada no Diário Oficial no início do mês.

Segundo o despacho da Secretaria de Cultura, "com as alterações introduzidas pela Lei Municipal nº 10.236/86, homologo e dou efetividade a Resolução n° 38/ CONPRESP/2018 que tombou definitivamente o Complexo Penitenciário do Carandiru".

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O Complexo Penitenciário do Carandiru fica na confluência das avenidas Cruzeiro do Sul, General Ataliba Leonel e Zaki Narchi, em Santana. No despacho, estão identificadas as áreas que serão parcialmente ou integralmente preservadas, com as diretrizes para futuras intervenções:


1) Portal da Penitenciária do Estado à avenida Gal. Ataliba Leonel: Preservação Integral (em sua configuração da década de 1920);

2) Pavilhões da Casa de Detenção: Preservação Parcial (em sua configuração a década de 1950);


3) Remanescentes das Muralhas: Preservação Integral;

4) Remanescentes arquitetônicos do Complexo Penitenciário do Carandiru: Preservação Integral;


5) Antigo Edifício da Prisão Albergue: Preservação Parcial (em sua configuração da década de 1950);

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Inaugurado em 1920, o presídio conhecido como Carandiru é lembrado pelas grandes rebeliões: algumas bastante violentas. Em 2003, o local foi transformado no Parque da Juventude: um pólo cultural e recreativo administrado pelo governo do Estado.

O parque possui áreas verdes, de lazer e entretenimento, instalações para práticas de esporte e espaço aberto para shows e eventos. O complexo abriga a Biblioteca de São Paulo, com mais de 35 mil títulos, e o Acessa São Paulo, programa de inclusão digital do Estado. Apesar das mudanças, foram mantidos referenciais históricos da época do Carandiru.

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O complexo ganhou visibilidade durante o chamado Massacre do Carandiru, em 2 de outubro de 1992. A ação terminou com 111 presos mortos e foi considerado o mais grave episódio penitenciário da história do país. 74 PMs foram condenados a penas que chegaram individualmente a 624 anos de prisão.

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