Prefeitura pede R$ 132,6 milhões ao BNDES para equipar GCM em SP
Dinheiro vai ser usado para compra de veículos, armas, equipamentos e modernização da central de telecomunicações da Guarda Civil Metropolitana
São Paulo|Márcio Neves, do R7
A SMSU (Secretaria Municipal de Segurança Urbana) da Prefeitura de São Paulo enviou para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) um plano de ação para tentar conseguir um financiamento no valor de R$ 138,6 milhões com o banco para compra e modernização de equipamentos da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
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O documento, obtido com exclusividade pelo R7, lista os objetivos para o uso do dinheiro e traz uma lista de equipamentos e projetos que devem ser custeados com o dinheiro, incluindo um cronograma de execução dos recursos.
Segundo a SMSU, a solicitação de financiamento para segurança pública teve início no ano de 2018, com a liberação do governo federal de linha de crédito especial para segurança para estados e municípios.
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"O recurso da Secretaria Municipal de Segurança Urbana será destinado ao atendimento das necessidades das unidades ligadas à pasta, como reaparelhamento da Guarda Civil Metropolitana, melhoria em tecnologia, ampliação de interligação de equipamentos com outros órgãos e diminuição da resposta nas questões de segurança urbana ao cidadão", afirmou a Prefeitura em nota, explicando ainda que o processo foi aprovado pela Câmara dos Vereadores.
Entre os objetivos apontados pela Prefeitura para conseguir o empréstimo, está a melhoria das condições de trabalho para as equipes da GCM conseguirem ampliar a redução dos índices de violência doméstica contra a mulher e a redução dos índices de crimes de oportunidade na cidade de São Paulo.
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A maior parte dos recursos, cerca de R$ 65 milhões de reais, serão usados para a modernização do centro de telecomunicações da GCM. Outros R$ 32 milhões serão utilizados para compra de pistolas calibre .60 e munição letal.
R$ 14 milhões serão destinados para a compra de veículos para uso dos GCMs na cidade e R$ 4 milhões estão previstos para compra de coletes balísticos. Outros R$ 3 milhões para compra de armas não letais, especificamente as de choque.
Há ainda recursos destinados para a compra de drones, bicicletas e triciclos, micro-ônibus para montar uma central de apoio móvel, entre outros equipamentos usados pelos agentes da GCM em São Paulo.
A previsão da Secretaria de Segurança Urbana no documento é de que os equipamentos previstos para compras estejam já a disposição da GCM em novembro deste ano. Já a modernização do centro de telecomunicações, a previsão é de que seja concluída no final de 2020.