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Prefeitura quer aumento do valor da multa às empresas de ônibus em greve e marca nova audiência hoje

Julgamento do dissídio está marcado para a tarde desta quarta (29). Rodízio está suspenso; corredores e faixas de ônibus, liberados

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Motoristas de ônibus fazem segunda greve em 15 dias em São Paulo
Motoristas de ônibus fazem segunda greve em 15 dias em São Paulo Motoristas de ônibus fazem segunda greve em 15 dias em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que pediu à Justiça um aumento no valor da multa diária de R$ 50 mil às empresas de ônibus que paralisaram as operações pela segunda vez no intervalo de 15 dias nesta quarta-feira (29), além da autuação das empresas pelo não cumprimento das viagens. "Fizemos essa solicitação ao TRT, mas o desembargador não negou, nem acolheu. Mas, percebemos que é um valor muito irrisório", disse à Record TV.

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A paralisação afeta, de acordo com a pasta, 675 linhas diurnas e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã. Durante a madrugada, 88 linhas do noturno, de 150, não operaram. "Houve essa irresponsabilidade do sindicato que mesmo com a audiência manteve a greve. Estamos com uma situação muito semelhante à anterior, com o sistema estrutural parado e o local funcionando", disse Nunes.

A secretaria obteve uma decisão liminar na Justiça do Trabalho, no dia 31 de maio, que determina a manutenção de 80% da frota nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. "Assim como da outra vez, eles [empresas] não cumpriram e o sindicato não cumpre, desrespeitando totalmente o que foi estabelecido pela Justiça, o que é muito grave, que não colocou os 80% da frota nos horários de pico e está gerando problemas para a cidade de São Paulo pela segunda vez nesse mês", afirmou o prefeito.

Nunes disse ainda que após a primeira greve de motoristas de ônibus da terça-feira (14), a prefeitura aplicou uma multa no valor de R$ 1.419.000 milhão, tendo em vista o descumprimento do contrato com a administração municipal.

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A informação também foi publicada em nota divulgada pela SPTrans na manhã desta quarta-feira (29). "A prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizada", declarou o órgão por meio de nota.

O Executivo obteve na Justiça o agendamento do julgamento do dissídio para a tarde desta quarta-feira. "Ingressamos na Justiça com uma petição pedindo que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) antecipasse a audiência para o julgamento dessa situação", afirmou o prefeito.

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A SPTrans declarou ainda que monitora a frota da cidade e a movimentação dos veículos no início desta quarta-feira. A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida, exceto na Express, na zona leste. O Grupo Local de Distribuição não foi afetado. As vans do serviço Atende+, que transportam pessoas com deficiência de alto grau de severidade, estão operando normalmente.

Segundo Nunes, mesmo com o reajuste de 12,47% sobre o salário e vale-alimentação, as empresas decidiram fazer a paralisação. "Mesmo com tudo sendo cumprido e tendo ficado pendente para o TRT julgar os demais itens, eles não cumpriram e fizeram a greve em desacordo ao que estava combinado."

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Medidas

As principais medidas para aliviar o trânsito causado pela greve são, segundo o prefeito, a suspensão do rodízio de veículos, a extensão de algumas linhas de ônibus e a liberação de faixas e corredores de ônibus. 

Em relação à suspensão do rodízio, carros com placas com final 5 e 6 podem circular pelo centro expandido em qualquer horário. As faixas exclusivas e corredores de ônibus estão liberados para circulação de carros de passeio enquanto durar a greve.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as restrições continuam valendo para veículos pesados (caminhões). Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC), Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) e Zona Azul também funcionam normalmente.

Segundo a SPTrans, as linhas que operam no Terminal Campo Limpo foram estendidas até o Vila Sônia para permitir conexão com o sistema metroviário. Linhas que operam nos terminais Vila Nova Cachoeirinha e Casa Verde foram estendidas até Barra Funda e Santana. Uma linha do Terminal Varginha foi estendida até o Grajaú, onde há conexão com a linha da CPTM.

Sindicato repudia fala do prefeito

Por meio de nota, o Sindmotoristas repudiou as afirmações do prefeito, que considera a greve de ônibus na cidade uma "atitude de irresponsabilidade". "O sindicato da categoria lamenta e repudia tal posição, considerada pela direção da entidade como 'leviana, covarde, e infeliz'".

"O prefeito tem agido covardemente, pois sempre terceiriza a sua responsabilidade em dialogar com o sindicato e reconhecer a essencialidade dos trabalhadores em transportes que estão legitimamente reivindicando os seus direitos. Outros ataques partidos do prefeito são levianos”, afirmou o presidente em exercício da entidade, Valmir Santana da Paz.

O sindicato se queixou ainda da relação da categoria com a prefeitura desde os meses do ápice da pandemia de Covid na cidade. "O prefeito de São Paulo tem desprezado os profissionais que atuaram na linha de frente da pandemia e não pararam um único dia no transporte da maior cidade do país. Foram mais de 3 mil trabalhadores contaminados e centenas de mortos. Hoje os trabalhadores que tanto se doaram pedem o mínimo de reconhecimento”, disse.

O sindicato afirmou ainda que Nunes teria se comprometido com a categoria desde era candidato. Além disso, a entidade ressaltou que protocolou uma pauta de reivindicações na Prefeitura.

Relação de empresas com a operação paralisada:

- Santa Brígida (Zona Norte);

- Gato Preto (Zona Norte);

- Sambaíba (Zona Norte);

- Viação Metrópole (Zona Leste);

- Ambiental (Zona Leste);

- Via Sudeste (Zona Sudeste);

- Campo Belo (Zona Sul);

- Viação Grajaú (Zona Sul);

- Gatusa (Zona Sul);

- KBPX (Zona Sul);

- MobiBrasil (Zona Sul);

- Viação Metrópole (Zona Sul);

- Transppass (Zona Oeste); e

- Gato Preto (Zona Oeste).

Relação das empresas que operam normalmente:

- Norte Buss (Zona Norte)

- Spencer (Zona Norte)

- Express (Zona Leste);

- Transunião (Zona Leste)

- UPBUS (Zona Leste)

- Pêssego (Zona Leste)

- Allibus (Zona Leste)

- Transunião (Zona Sudeste)

- MoveBuss (Zona Leste)

- A2 Transportes (Zona Sul)

- Transwolff (Zona Sul)

- Transcap (Zona Oeste)

- Alfa Rodobus (Zona Oeste)

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