Promotoria pede à Justiça remoção de Marcola, diz senador eleito
Outros integrantes da cúpula PCC também poderão ser removidos para cinco presídios federais. Plano de resgate do líder Marcola motivou o pedido
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
O Ministério Público de São Paulo ingressou com pedidos de transferência de integrantes da cúpula da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para presídios federais. A remoção inclui também o líder da organização criminosa Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
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O pedido está sendo analisado pelo juiz Paulo Sorci, da 5ª Vara de Execuções Criminais de São Paulo. A decisão judicial deve ocorrer nesta semana. Segundo o senador eleito por São Paulo Major Olímpio, o juiz poderá consultar a Secretaria de Assuntos Penitenciários e a Secretaria de Segurança Pública sobre a "conveniência e a oportunidade da decisão".
"É natural que ele peça o parecer do executivo para saber o comportamento desses preços", afirmou o senador eleito. Segundo Olímpio, o governo pode entrar com recurso em qualquer instância. "Também pode haver eventuais recursos dos presos movimentados", diz.
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Ainda de acordo com o Major Olímpio, a transferência da cúpula do PCC foi pensada quando descobriram um suposto plano de resgate de Marcola. "O plano teria empregado uma força descomunal tanto que há reforço no local até agora. Existe uma preocupação governamental com isso até agora", afirma.
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Nas proximidades da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, segundo Olímpio, existem policiais da Rota, COE (Centro de Operações Especiais) e policiais do Choque. Os presos da cúpula do PCC podem ser transferidos para cinco presídios federais.
Para Olímpio, os presos da cúpula da organização criminosa deveriam ser transferidos para a Penitenciária Federal de Brasília. Embora existam outras opções, o senador eleito afirma que seria mais adequado do que a remoção para presídios em regiões de fronteira.
Além disso, segundo ele, em razão do pequeno número de presos, haveria capacidade de manter a vigilância mais eficaz. "Seria uma opção mais efetiva para cortar as ligações entre os presos de dentro das penitenciárias e os que estão em liberdade."
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Questionado, o Ministério Público de São Paulo afirmou que “qualquer eventual medida nesta frente é tratada de forma sigilosa”. Questionado por e-mail, o governo do Estado respondeu por telefone que não comentaria. O juiz Paulo Sorci também foi procurado pela reportagem do R7, mas até a publicação da matéria não respondeu às solicitações.