Risco de desabamento leva 30 famílias a deixar casas na zona leste
Cratera surgiu atrás do condomínio e engoliu carro e parte de casa e fábrica na Vila Carmosina durante temporal. Prefeitura ofereceu vagas em albergue
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
Famílias que moram em um condomínio na Vila Carmosina, zona leste de São Paulo, tiveram de deixar as 24 casas às pressas por risco de novos desmoronamentos. Na madrugada desta quinta-feira (9), um carro foi engolido e parte de uma residência e de uma fábrica vieram abaixo durante o deslizamento de terra em um estacionamento na rua Mexiris. Ninguém ficou ferido.
De acordo com os moradores da região, três veículos estavam estacionados no estabelecimento quando houve o deslizamento. Um dos carros foi parar no meio do enorme buraco e outro ficou pendurado. Parte da área de lazer de uma casa desapareceu com o deslizamento. No imóvel, vivem um casal e duas crianças, que correram após ouvir um estrondo.
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A Subprefeitura Itaquera informou que foram interditados 30 imóveis, sendo quatro residências, um estacionamento, uma fábrica e o condomínio com 24 casas. Em nota, a prefeitura destacou que a liberação "só será realizada após regularização dos locais, que são de responsabilidade dos proprietários".
Paulo Pereira é autônomo e afirmou que não tem para onde ir: "não estou saindo de uma invasão, é o meu imóvel, que eu comprei e pago. Agora tô sendo colocado num abrigo da prefeitura. Em momento nenhum a construtora nos procurou".
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Todos os moradores passaram o dia removendo os pertences das casas. Alguns ficaram indignados com o fato de a Assistência Social ter oferecido albergues. "Você vai sair da sua casa para ir para albergue?", questionou um dos moradores.
Os proprietários das casas no condomínio informaram que há 7 anos estão na Justiça contra a construtora porque os imóveis apresentam rachaduras e infiltrações.
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Em nota, a prefeitura informou que o condomínio de casas foi interditado em 2014 por causa do risco de solapamento do solo. Os imóveis foram esvaziados a pedido da Defesa Civil.
Engenheiros e agentes vistores estiveram no local e avaliaram a situação dos imóveis. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social disse, por meio de nota, ter prestado atendimento para os moradores das ruas Serra de Santa Marta e Mexiris, mas as famílias recusaram a oferta de acolhimento e preferiram ir para casa de amigos e parentes.