São Paulo terá restaurantes sociais em comunidades carentes
Projeto sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes institui o auxílio reencontro e cria o fundo de abastecimento alimentar
São Paulo|Do R7
![Lei traz medidas de combate à fome e à vulnerabilidade social](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/22ZWZJZOXVP3JINKKUZL5KTQLI.jpg?auth=ff658c97200831afccc4aab7fba9a4409a7cb6ca8d3cb147955add70e2db8db6&width=677&height=369)
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou a lei que trata do programa de segurança alimentar e nutricional no município. O texto, de autoria do vereador Sansão Pereira (Republicanos), tem o objetivo de estabelecer restaurantes populares nas comunidades mais carentes da capital.
De acordo com Sansão Pereira, autor do projeto, a nova lei visa não só à criação dos restaurantes, mas abrange uma série de medidas de combate à fome e à vulnerabilidade social na maior cidade do país.
A lei ainda prevê a criação do fundo de abastecimento alimentar de São Paulo. As organizações e empresas que doarem recursos ao fundo ou alimentos e demais gêneros aos programas descritos na lei receberão o selo instituição solidária de segurança alimentar e nutricional na capital paulista.
A sanção surge no momento em que a insegurança alimentar subiu 73,3% e de 19,1 milhões passou a atingir 33,1 milhões em um ano, segundo dados da pesquisa Vigisan. O número é sinal de que 14 milhões de brasileiros passaram a sofrer fome no período.
O estudo revela a maior proporção das famílias com renda inferior a um salário mínimo em situação grave de insegurança alimentar, especialmente entre aquelas que recebem até 25% do salário mínimo por habitante, o equivalente a R$ 303. Entre elas, 43% convivem com a fome, o dobro do percentual apurado ao fim de 2020.