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Sem pacientes com ventilação, Serrana vê queda em nº de testes

Cidade não teve casos graves após fim da vacinação em massa. Dados oficiais do Butantan começam a ser divulgados em maio

São Paulo|Guilherme Padin, do R7

Cidade encerrou vacinação em massa em 11 de abril
Cidade encerrou vacinação em massa em 11 de abril Cidade encerrou vacinação em massa em 11 de abril

A cidade de Serrana, no interior de São Paulo, começa a perceber indícios de melhora na pandemia após o Projeto S, de vacinaçao em massa, embora os dados oficiais do estudo do Instituto Butantan comecem a ser divulgados apenas em maio. Há mais de duas semanas sem casos graves, o município tem realizado menos testes diários de covid-19 e ainda não precisou utilizar qualquer um dos quatro ventiladores mecânicos desenvolvidos pela USP (Universidade de São Paulo) disponíveis, recebidos na semana passada.

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A secretária municipal de Saúde, Leila Gusmão, falou ao R7 sobre a queda dos indicadores da pandemia e a percepção dos profissionais da pasta duas semanas depois do fim da vacinação em massa na cidade, que atingiu 97,9% da população acima dos 18 anos.

“O que notamos é que os casos estão diminuindo. E os que aparecem são moderados e leves”, apontou Gusmão.

A secretária destaca que, até o momento, estas informações tratam-se de uma percepção preliminar, que não deve ser interpretada como definitiva para a eficácia da pesquisa, e que os dados oficiais serão divulgados posteriormente pelo Instituto Butantan, responsável pelo estudo, que visa descobrir o papel da imunização em massa com a CoronaVac na redução das taxas de transmissão do vírus.

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Segundo ela, porém, já é possível perceber uma redução significativa na procura por testes para detecção do novo coronavírus.

“Para se ter uma ideia, tínhamos 150 ou 180 coletas em pacientes com suspeita de covid-19 por dia, e desde o dia 11 (fim da vacinação) elas caíram muito: nas últimas duas semanas variaram entre 14 e 17, e às vezes 38. E o resultado são em torno de 8 [casos] positivos por dia. A percepção dos profissionais de saúde é muito boa”, afirma.

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Leila relembra que, para se ter resultados mais concretos, será preciso aguardar até meados de maio, com a divulgação oficial dos dados.

A respeito das aglomerações registradas logo após o encerramento da vacinação, a secretária lamenta e afirma que o município tem buscado conscientizar a população: “como toda cidade, a população tende a ter resistência com novos hábitos, e temos trabalhado muito para seguir o Plano São Paulo e alertar a população sobre a importância disso”.

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Além da atuação do município seguindo os protocolos sanitários de combate à pandemia, a prefeitura de Serrana também colaborou com o Instuto Butantan no Projeto S. “Disponibilizamos oito escolas e toda a infra-estrutura do município, como o apoio dos profissionais, de logística e até um ônibus para o deslocamento dos pacientes nas escolas onde tomariam as doses, para que eles pudessem realizar o estudo”, afirma a responsável pela Saúde local.

Pedro Garibaldi, hematologista e coordenador médico do projeto, confirma o relato e comenta que parte do sucesso na imunização se deve ao fato de que “discurso era o mesmo da prefeitura, da secretaria estadual e do Butantan”.

Outros indicativos iniciais, já apontados pelos coordenadores da pesquisa, foram os números de mortes pelo novo coronavírus desde fevereiro.

A partir do início da vacinação, há pouco mais de dois meses, houve 20 óbitos por covid-19 na cidade. Destes, 14 foram pessoas que não tomaram a vacina. Das seis restantes, cinco tomaram somente a primeira dose. A única pessoa que foi imunizada duas vezes apresentou sintomas dois dias após a última aplicação, o que indica que foi infectada antes da vacinação.

Vacinação acima do esperado

A vacinação em massa atingiu 27 mil dos 45 mil habitantes de Serrana (SP), número que representa 97,9% dos público alvo do estudo.

Na avaliação dos pesquisadores responsáveis, o número foi motivo de comemoração e esteve acima do esperado. Isto porque questionários feitos no município antes do início da imunização indicaram que aproximadamente 85% das pessoas pretendiam se vacinar.

“Tivemos quase 30 mil pessoas vacinas acima dos 18 anos. A cidade recebeu esse projeto com muita esperança”, afirma Leila Gusmão.

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