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Sem registrar queda há mais de 50 dias, volume de água no Cantareira triplica

Chuva ajudou, mas situação do reservatório ainda está longe de ficar confortável

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Cantareira ainda precisa de mais dois meses de chuvas regulares para recuperar a primeira cota do volume morto
Cantareira ainda precisa de mais dois meses de chuvas regulares para recuperar a primeira cota do volume morto

Desde 1º de fevereiro, o Sistema Cantareira não registra queda. As chuvas constantes, que deveriam ter começado em novembro, atrasaram, mas estão contribuindo para uma elevação quase que diária do nível do maior reservatório de água da Grande São Paulo, que também é o mais crítico.

A quantidade de água disponível no começo de fevereiro era de 49,21 bilhões de litros. Na quarta-feira (25), a Sabesp registrava 176,68 bilhões — o nível mais do que triplicou nesse período.

Segundo dados da companhia, a quantidade de água retirada diariamente do Cantareira também tem caído. Em fevereiro, saíam, em média, 17,23 m³/s. Em março, caiu para 13,86 m³/s. Ao mesmo tempo, não houve sobrecarga dos outros sistemas.

Mas a situação do Cantareira está longe de ficar confortável. O reservatório ainda opera no “negativo”, captando água do volume morto. Para voltar ao volume útil, precisam entrar mais de 111,22 bilhões de litros. Em tese, teria que haver o mesmo padrão de chuvas por mais dois meses, o que é difícil de acontecer, segundo especialistas. Com a chegada do outono, o período seco do ano começa e se estende até a primavera.


Apesar de estar no volume morto, existe mais água hoje no Cantareira do que no Guarapiranga, que estava com 87,7% da capacidade ontem. A disponibilidade de água em todos os seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo ainda não é suficiente para garantir um período seco tranquilo.

O Cantareira sempre foi o maior reservatório e costumava iniciar o ano com mais de 60% da capacidade (590 bilhões de litros). Para se ter ideia, hoje, se somarmos o volume de todas as represas, há menos do que isso.

A economia continuará sendo, pelo menos este ano, fundamental para manter a disponibilidade hídrica na região metropolitana. A Sabesp já anunciou que vai continuar com a redução de pressão em alguns horários do dia, com o bônus para quem reduzir o consumo e com a multa para quem aumentar.

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