Sob gestão Doria e Covas, queixas de buracos superam 200 mil em SP
Somente no primeiro semestre deste ano, foram 78.979 queixas, o que implica em uma média de 433 por dia, de acordo com o canal 156 do órgão
São Paulo|Plínio Aguiar, do R7
A Prefeitura de São Paulo registrou, sob a gestão tucana João Doria e Bruno Covas, 204.559 mil reclamações de buracos nas vias da capital paulista. Somente no primeiro semestre deste ano, foram 78.979 queixas, o que implica em uma média de 433 por dia.
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Iniciada por João Doria em 2017 e assumida por Bruno Covas em 2018, a Prefeitura de São Paulo registrou, ao todo, 204.559 queixas. No primeiro semestre de 2017, o canal 156 recebeu 80.061 reclamações de buracos. No mesmo período de 2018 e 2019, foram listados 46.519 e 78.979, respectivamente.
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A reportagem do R7 percorreu diversos bairros da capital paulista nesta segunda-feira (8) e registrou vários buracos nas ruas e avenidas. Relatos apontam que pessoas, inclusive com mobilidade reduzida, já se machucaram por causa das fissuras.
Um dos buracos que a equipe de fotojornalismo registrou está localizado na rua Dona Ana Neri, próximo à avenida do Estado, uma das principais vias da cidade. A fissura atinge não só a rua, mas também a calçada, o que não permite o acesso a pessoas com mobilidade reduzida.
A comerciante Valda Carvalho trabalha no local vendendo lanches e conta inúmeras situações envolvendo o buraco. “Uma vez uma mulher, que anda com cadeira de rodas, quase caiu. Outra vez um homem, já com certa idade, se desequilibrou e caiu”, disse.
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Outro buraco visto pela reportagem está localizado na Presidente Wilson, avenida que dá acesso a diversos galpões e fábricas na região do Ipiranga. Com várias perfurações, a via se torna um perigo para aqueles que trafegam ali. Ao lado, o rio Tamanduateí: sacos plásticos, canos, roupas e até pneus percorrem juntamente com o fluxo da água — isso sem mencionar o cheiro que dali é exalado.
Buraco também na rua Chico Pontes com rua José Gonçalves Gomide, na Vila Guilherme, zona norte da capital paulista. O 156 da prefeitura foi acionado uma vez pelo conselheiro fiscal do bairro Valter dos Reis. “Até agora, nada de arrumar. E esse buraco já tem uns três meses pelo menos. Uma vez um motoqueiro foi fazer a curva, não viu o buraco e derrapou, caindo no chão”, conta.
Os motoristas reclamam que os buracos podem provocar a quebra de suspensão do carro, desgaste de pneus e até mesmo acidentes.
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A seguir, imagens de buracos na cidade de São Paulo:
O que diz a Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo esclarece, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, que no primeiro semestre de 2017, foram fechados 103.095 buracos; já em 2018, em igual recorte temporal, 134.540. Já em 2019, de janeiro a maio, 79.494 - os números de junho estão sendo computados.
O órgão municipal argumenta que "os serviços de tapa-buraco foram aprimorados com equipamentos mais modernos, como o caminhão térmico capaz de manter a temperatura adequada da massa asfáltica, o que permite uma melhor qualidade do serviço. Os procedimentos também se tornaram mais eficientes. Exemplo disso é a execução do requadramento do buraco, que corrige não apenas a erosão, mas também toda a parte comprometida do asfalto, o que garante também maior durabilidade do serviço". Diz ainda que "o padrão da massa asfáltica produzida atende às normas técnicas que dizem respeito à qualidade e durabilidade do material".
A Prefeitura de São Paulo garantiu, ainda, que as subprefeituras Lapa, Sé, Vila Maria, Ipiranga e Mooca "farão vistorias nas ruas citadas, nos próximos dias, para incluir na agenda de programação dos serviços de tapa-buraco".