SP pode incluir trechos da Raposo Tavares em concessão de marginais
Intenção consta da ata da última reunião do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, publicada no último sábado (23)
São Paulo|Do R7
O governo do Estado de São Paulo considera incluir trechos da rodovia Raposo Tavares no pacote em que serão concedidas as marginais do Tietê e do Pinheiros. A intenção consta da ata da última reunião do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, publicada no último sábado (23).
"(...)também seria utilizado o procedimento de emissão do Chamamento Público, para desenvolvimento das soluções de engenharia para as marginais e de trechos da Rodovia Raposo Tavares, que poderá fazer parte do "pacote" a ser concedido, ficando a cargo do corpo técnico da ARTESP a avaliação dos produtos entregues pelos autorizados da iniciativa privada para consolidação do Projeto Funcional", aponta o documento.
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Conforme adiantou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o governo elabora um protocolo de intenções que deve ser assinado junto à Prefeitura de São Paulo. Isso porque, após anos de disputa, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) decidiu que a responsabilidade pelas marginais é da Prefeitura, que assumiu a manutenção das vias ao longo dos anos. O TCE determinou ao Estado que passasse oficialmente ao município a posse das marginais.
Segundo a ata, ainda que a modelagem esteja em estudo, algumas premissas já foram traçadas para o projeto. A primeira delas é que a operação das marginais vai permanecer sob a responsabilidade da Prefeitura de São Paulo. Assim, caberá à concessionária as obras de melhorias e a manutenção das vias.
Outra premissa é de que a concessão ocorrerá "sem a cobrança de tarifa ao usuário", ou seja, sem pedágio. O documento aponta que os estudos estão sendo conduzidos "para a estruturação de um modelo em que as fontes de recursos para pagamento da contraprestação pelo Estado serão definidas ao longo da maturação da modelagem econômico-financeira".
A ata aponta ainda que já há uma manifestação de interesse, por parte da empresa SIP (Sociedade Paulista de Infraestrutura S/A). A empresa propôs um modelo de PPP (Parceria Público-Privada) Administrativa, em que a remuneração da concessionária é integralmente feita por meio de aportes do governo. O modelo está em linha com o que o governo quer para as marginais, segundo disse à reportagem o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia, em entrevista publicada no último dia 19.