Suspensão das aulas presenciais foi necessária, diz sindicato de SP
Para presidente do Apeoesp, momento não é de reabrir escolas diante do ainda alto número de casos e mortes por covid-19
São Paulo|Do R7
A suspensão das aulas presenciais nas escolas do Estado de São Paulo, definida pela Justiça paulista na noite desta quinta-feira (28) e da qual o governo estadual vai recorrer, foi celebrada pelo Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Para Maria Izabel, presidente do sindicato que encabeçou o pedido de suspensão ao TJ-SP, o momento não é de reabrir as escolas para o retorno dos alunos.
“A pandemia mais que sobe não só em São Paulo mas no Brasil inteiro. Primeiro, tem que ter um controle da pandemia. Quanto mais vacinação, imunizando a população, vamos com segurança para as escolas. Isso não quer dizer que o sindicato não queira nada; nós professores trabalhamos muito no remoto”, destacou Bebel, como é conhecida, à reportagem do R7.
A demanda dos professores, segundo ela, é a de que as aulas permaneçam a distância, e que haja melhores condições de tecnologia – incluindo acesso à internet – para que os profissionais trabalhem com mais tranquilidade.
“Aliás, nesse momento está maior [o número de casos] do que quando as escolas fecharam em março do ano passado. Qual é a lógica do secretário? Por que o Doria quer fechar tudo e abrir as escolas?”, questionou a presidente do sindicato, que avaliou que a decisão da juíza Simone Casoretti, da 9.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, não desrespeitou o Plano São Paulo: “ela respeitou a base do plano em sua decisão e seguiu o que diz o protocolo”.
Movimento se põe contra suspensão
Na noite desta quinta-feira (28), o Movimento Escolas Abertas, formado por pais de estudantes, emitiu uma nota após ter recebido a notícia da suspensão das aulas presenciais e disse ter recebido com surpresa a determinação, além de pedir uma reunião com a Justiça paulista para reavaliar a decisão. A notícia desta quinta-feira afetou famílias com crianças, cujas mães se dizem agora 'sem opção' para o início do ano letivo.
O governo de São Paulo, que afirmou não ter sido notificado sobre a suspensão, irá recorrer da decisão.