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TJ-SP nega pedido de liberdade para 'Gatinha da Cracolândia'

Juiz alegou que não é cabível a conversão da prisão preventiva, uma vez que Lorraine descumpriu antes o mesmo benefício

São Paulo|Letícia Assis, da Agência Record

Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, foi presa por suspeita de tráfico de drogas na Cracolândia
Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, foi presa por suspeita de tráfico de drogas na Cracolândia Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, foi presa por suspeita de tráfico de drogas na Cracolândia

O Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) negou, nesta terça-feira (28), o pedido de revogação de prisão preventiva feito pela defesa de Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia", presa acusada por tráfico de drogas na cidade de São Paulo.

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De acordo com a decisão do TJ-SP, o pedido foi indeferido pelo juiz Gerdinaldo Quichaba Costa, da 13ª Vara Criminal da Barra Funda, que alegou que ainda estão presentes os requisitos da prisão preventiva.

O juiz ainda alegou que não é cabível a conversão da prisão preventiva em domiciliar, uma vez que Lorraine descumpriu o mesmo benefício em outro processo recentemente. Há cerca de um mês, o advogado da jovem, José Almir, havia entrado com um pedido de prisão domiciliar para a jovem, que também foi negado em 1ª instância.

O advogado de Lorraine afirmou que, até o momento, não foi notificado sobre a decisão da Justiça. Lorraine Romeiro, de 19 anos, cumpriu sua prisão temporária de 30 dias na carceragem do 89° Distrito Policial do Morumbi.

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De acordo com o advogado, o pedido de conversão de prisão preventiva, por tráfico de drogas, para domiciliar foi feito no início do mês, na segunda-feira (2).

Após não ter acesso aos autos do processo, o advogado entrou com um mandado de segurança, e na última segunda-feira (9) o TJ-SP determinou um prazo de 10 dias para o juiz de 1ª instância se pronunciar sobre o caso.

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Com o indeferimento do pedido, a defesa da acusada impetrou um pedido de habeas corpus perante o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), pelo fato de a acusada possuir uma filha de 9 meses.

O caso

A Polícia Civil prendeu Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia", na manhã do dia 22 de julho, acusada de tráfico de drogas na cidade de São Paulo.

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O mandado de prisão temporária foi cumprido no município de Barueri, na Grande São Paulo, como parte da segunda fase da Operação Carontes. Os investigadores encontraram a mulher na casa de seu companheiro.

De acordo com o delegado Roberto Monteiro, da Delegacia Seccional do Centro, Lorraine estava em prisão domiciliar. O benefício havia sido concedido porque ela possui uma filha pequena, com menos de um ano.

Entretanto, depois Lorraine foi encontrada em um endereço que não havia sido divulgado antecipadamente à Justiça. Ela também foi presa em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, segundo o delegado.

Imagens do relatório da Polícia Civil mostraram que Lorraine foi flagrada na Cracolândia comercializando crack. Nas fotos, ela aparece dentro de uma tenda ao lado do namorado, de prenome André, conhecido como "Japonês", que também está preso.

Essas tendas são usadas para esconder as mesas que vendem entorpecentes de todo tipo, além de dificultar o flagrante dos policiais e da própria imprensa.

Há pelo menos quatro meses a Polícia Civil acompanha as atividades de Lorraine, que é considerada umas das chefes do tráfico na Cracolândia. Ela costumava ocultar sua identidade usando casacos e máscara para cobrir o rosto e o longo cabelo loiro.

Durante a prisão, ela admitiu o envolvimento com o tráfico e indicou o local onde armazenava as substâncias ilícitas. As drogas foram encontradas em um prédio em situação de abandono próximo ao Hotel Avaré, na Rua Helvétia, número 168, no centro da capital.

Foram apreendidas 85 porções de maconha, 295 de cocaína, 8 de crack, 97 frascos de lança-perfume e 16 comprimidos de ecstasy, 750 reais, uma balança de precisão, uma faca, um machado, um celular e a bolsa onde estavam os materiais.

A "Gatinha da Cracolândia" foi encaminhada ao 77° Distrito Policial de Santa Cecília, onde prestou depoimento. Em seguida, ela foi transferida para a carceragem do 89° Distrito Policial do Portal do Morumbi.

Lorraine exibia uma vida luxuosa nas redes sociais, com imagens de viagens para Angra dos Reis, carros, motos e lanchas. A traficante tinha mais de 36 mil seguidores na conta do Instagram, que já está fora do ar.

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