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Transportes, construção e fábricas não devem paralisar, diz Doria

A partir de quarta-feira (25), policiais militares e bombeiros terão acesso gratuito ao sistema de transporte, composto por ônibus, trens e metrôs

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Governador João Doria afirma que transportes, construção e fábricas não parem
Governador João Doria afirma que transportes, construção e fábricas não parem

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (23), novas medidas para conter a disseminação do novo coronavírus em São Paulo, estado que registra até o momento 631 casos confirmados, 22 mortes e 61 pacientes internados em unidades de terapia intesiva. Doria determinou que os setores de transporte, construção civil e fábricas não devem paralisar as atividades para evitar desabastecimento e serviços essenciais em todos os municípios.

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Em relação ao setor de transportes, o governador determinou que a partir de quarta-feira (25), policiais militares e bombeiros terão acesso gratuito ao sistema de transportes, que inclui ônibus, trens, metrôs e todos os veículos sobre rodas. 

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Doria afirmou ainda que as fábricas devem continuar operando e pediu que os gestores sigam as recomendações para adequar os estabelecimentos às condições de funcionamento diante da pandemia. "São Paulo tem mais de 40% da produção industrial do país, por isso as fábricas devem continuar operando. Faço um apelo para os dirigentes dessas fábricas", afirma ele. 

Em relação à construção civil, Doria afirmou que o setor também deve continuar operando com os devidos cuidados sanitários para proteger e amparar funcionários. "Não podemos ter um blackout em obras de hospitais, ferrovias, metrô que atendem as necessidades da população e dos municípios."


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Quanto às borracharias e oficinas mecânicas, o governador determinou que devem continuar funcionando uma vez que veículos de transporte, como ambulância e carros de polícia, precisam ter suportes para atender a população. 


Doria também pediu que caminhoneiros "não bloqueiem estradas para que o transporte seja realizado normalmente." O governador afirmou que uma vez que São Paulo é o maior centro de abastecimento do país a paralisação causaria significativos prejuízos a todo o país. Doria disse também que o governo suspenderá por 90 dias a pesagem em rodovias estaduais.

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Em relação aos postos de combustíveis, ele ressaltou que esses estabelecimentos podem vender produtos elaborados ou não perecíveis, porém não devem funcionar como restaurantes, uma vez que o serviço está proibido. "Só não podem fazer serviços sentados ou em balcões", disse Doria.

O governador disse, ainda no início da coletiva de imprensa, que após uma reunião com 132 empresários foram arrecadados R$ 96 milhões oferecidas por 28 empresas em doações para os setores mais necessitados. "Façam doações, compre cestas básicas e o que puder para contribuir, principalmente de kits de higiene e cestas básicas."

Dois mil testes por dia em SP

A partir desta terça-feira (24), a rede de saúde pública de São Paulo terá capacidade para realizar até 2.000 testes de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, por dia, anunciou o governador João Doria nesta segunda-feira (23).

O estado vai utilizar, além do Instituto Adolfo Lutz (que realiza exames), laboratórios do Instituto Butantan e outros 17 cedidos pela Universidade de São Paulo.

O governador anunciou ainda que, a partir de sexta-feira (27), 900 leitos serão oferecidos à população, mais 700 leitos serão oferecidos no Hospital das Clínicas até 10 de abril e 2.300 leitos de UTI para pessoas em tratamento. O governo anunciou também a criação de uma rede de triagem em cinco centros para atendimento de casos suspeitos. São eles: Instituto Emílio Ribas, Hospital do Mandaqui, Vila Penteado, Ipiranga e Guaianazes. 

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