Trens e metrô vão aumentar para R$ 5 a partir de 1° de janeiro em SP
Tarifa de R$ 4,40 não teve reajuste desde janeiro de 2020; com o aumento, passageiros vão pagar em média R$ 26,40 a mais por mês
São Paulo|Isabelle Amaral e Vivian Masutti, do R7
O valor das passagens dos trens e do metrô de São Paulo vai aumentar de R$ 4,40 para R$ 5 a partir do dia 1º de janeiro de 2024.
Com o reajuste, o passageiro vai ter que pagar, em média, R$ 26,40 a mais por mês.
Há duas semanas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já tinha dado sinais de um possível aumento no preço dos transportes por trilhos. O valor estava congelado desde janeiro de 2020.
Em sua campanha para o governo, Tarcíso havia se comprometido a não aumentar a tarifa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) no primeiro ano de mandato, mas sinalizou, no último dia 29, que o reajuste viria em 2024.
"Quando entra mais subsídio, eu vou tirar de algum lugar, vou tirar de alguma política pública. Então, a gente tem que botar na balança qual é a política pública que vai pesar mais, porque não tem almoço de graça. Se a tarifa não subiu, o custo subiu", disse, em evento na Secretaria Estadual da Saúde.
Prefeitura segue outro caminho
Na corrida pela reeleição, a postura do prefeito Ricardo Nunes em relação ao transporte público vai em outra direção, com o anúncio da implantação da tarifa zero dos ônibus da capital paulista aos domingos, na última segunda-feira (11).
Mas historicamente as passagens de trens, metrô e ônibus costumam ser reajustadas em conjunto.
Questionada pelo R7 sobre um possível aumento na passagem, a prefeitura não havia se posicionado até a publicação deste texto.
Evolução da tarifa em São Paulo
2010 - R$ 2,65
2011 - R$ 2,90
2012 - R$ 3
2013 - R$ 3,20
2014 - Não houve
2015 - R$ 3,50
2016 - R$ 3,80
2017 - Apenas a tarifa integrada com o metrô e a CPTM foi reajustada
2018 - R$ 4
2019 - R$ 4,30
2020 - R$ 4,40
Tarifa zero
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou nesta segunda-feira (11) que a tarifa zero para os ônibus municipais aos domingos vai começar a funcionar a partir de 17 de dezembro na capital paulista.
A medida também vai valer para o Natal, o Ano-Novo e o Aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro.
Segundo o prefeito, 1.175 linhas com 4.830 ônibus serão contempladas pelo benefício da 0h às 23h59. Atualmente, cerca de 2,2 milhões de passageiros utilizam os ônibus aos domingos.
Com a gratuidade do transporte, a cidade vai deixar de arrecadar R$ 280 milhões no ano, porém, disse Nunes durante uma coletiva de imprensa, não será necessário fazer investimentos extras nem ampliar a frota de ônibus.
"Hoje nós temos 4.830 ônibus que já circulam na cidade aos domingos com a capacidade de 40%, portanto 60% ociosa. Se dobrar o número de usuários, a gente ainda vai ter 20% ocioso. Portanto, não vai ser necessário o aumento do número de ônibus", explicou o prefeito.
O gestor municipal — candidato à reeleição — também disse que, apesar de a prefeitura estar abrindo mão dessa receita, o valor será compensado pela "ativação da economia na cidade". Isto é, com a economia do valor da passagem, a população poderá gastar, por exemplo, com lazer e comida.
"Com essa possibilidade de fazermos a tarifa zero aos domingos, nós vamos ter uma grande oportunidade de oferecer para a sociedade o transporte gratuito para ele ter acesso aos nossos parques, ao esporte, lazer e cultura", afirmou Nunes.
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O segundo dia seguido de greve dos metroviários provoca transtornos à população de São Paulo nesta sexta-feira (24). Mesmo com o rodízio de veículos suspenso, a paralisação deixa pontos de ônibus e estações da CPTM — alternativas ao protesto da categoria — abarrotados de gente