Troca de embalagens causou a morte de pacientes que passaram por ressonância em Campinas
Laudo confirmou que o líquido usado no exame foi trocado por uma técnica de enfermagem
São Paulo|Do R7, com São Paulo no Ar

Um troca de embalagens causou a morte de três pacientes que passaram por um exame ressonância em um hospital de Campinas, no interior de São Paulo. Laudo confirmou que o líquido usado no exame foi trocado por uma técnica de enfermagem que trabalhava no hospital havia uns 10 dias. Ela confundiu os pacotes e, em vez do contraste, usou um tipo de soro tóxico e de uso externo.
A subtância foi aplicada na veia dos pacientes por engano porque as embalagens de soro vazias eram reutilizadas para guardar o produto. A polícia vai investigar se a direção do Hospital Vera Cruz sabia que a substância havia sido usada e ocultou o fato durante a investigação. O hospital foi multado em cerca de R$ 10 mil pela vigilância sanitária por fornecer produtos sem autorização da Anvisa e por estocar substâncias de forma proibida.
Tanto a direção do hospital quanto os funcionários que trabalhavam no setor no dia das mortes vão prestar novos depoimentos à polícia.
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As vítimas foram dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25 anos. No dia 28 de janeiro, eles tiveram parada cardiorrespiratória após fazerem a ressonância. Dois começaram a passar mal minutos depois do exame e um paciente chegou a deixar a unidade médica, mas retornou após sentir dores.
A Vigilância Sanitária Estadual chegou a interditar no Estado os produtos que foram utilizados nos pacientes que morreram após os exames.
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