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Verão começa com fortes chuvas e SP fez 8 de 19 piscinões prometidos

Quando assumiu a prefeitura de São Paulo em 2017, João Doria prometeu 19 reservatórios deste tipo. Gestão terminará com a entrega de 10 deles

São Paulo|Guilherme Padin, do R7

Prefeitura entregará, ao fim de 2020, 10 piscinões em quatro anos
Prefeitura entregará, ao fim de 2020, 10 piscinões em quatro anos

As chuvas de verão começaram em São Paulo e em todo o país, e às vésperas de 2021, ano em que Bruno Covas assumirá a prefeitura da capital paulista após reeleição, a atual gestão tucana terminará com a entrega de somente metade dos piscinões prometidos.

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Quando o agora governador João Doria ainda era candidato a prefeito em 2016, prometeu 21 piscinões. E em fevereiro, logo após assumir oficialmente o cargo na capital paulista, baixou a quantidade para 19.

Três anos depois, no último mês de janeiro, a gestão Covas – antes vice-prefeito de Doria – anunciou que até o fim de 2020 seriam 13 obras entregues, mas o número prometido caiu uma terceira vez: oito reservatórios foram entregues e, segundo a administração municipal, mais duas serão concluídas ainda este ano.

O recorrente problema da capital paulista e de diversas regiões do Brasil voltou a acontecer nas primeiras semanas de dezembro – como no temporal que causou 17 mortes em Santa Catarina e nas enchentes no Estado de São Paulo.


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Obra do tipo estrutural e uma solução de curto prazo entre as possíveis para o enfrentamento, o grande reservatório para armazenar a água que excede dos rios em período de chuvas é uma das respostas mais comuns das prefeituras paulistanas às enchentes. Embora seja alvo de críticas pelo custo e pouca produtividade em lazer e cultura à população, o piscinão pode ser viável, aponta Angelo Filardo, professor da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).


“O que as gestões falham é que, de modo geral, falta às prefeituras um senso de urgência do problema, o quanto a sociedade paulistana acha que deve gastar com o problema. É um problema que tem solução, ou pelo menos uma melhoria substancial da situação em relação ao que temos hoje”, diz Filardo.

O professor destaca, ainda, que obras como os piscinões “têm um custo que uma cidade rica como São Paulo teria condições de pagar num prazo razoável” – cabe ressaltar que a gestão Bruno Covas usou somente 55% da verba destinada ao saneamento em 2019.


Filardo aponta à atual administração paulistana e às seguintes que sigam com as construções de piscinões.

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Por se tratar de uma obra "impopular", em suas palavras, por “tomar o lugar de uma praça, campo de futebol ou equipamento público qualquer” e devido ao mau cheiro e lixo acumulado, o professor sugere que o conceito dos piscinões seja revisto – como colocá-los abaixo de complexos esportivos, por exemplo – para dar um uso mais nobre à área onde se localizar o reservatório.

“É sempre bem-vindo rever projeto de piscinões que estão postos e mesmo pensar em reciclagem de piscinões existentes”, diz.

Outro lado

Questionada sobre o motivo de ter entregado somente a metade dos piscinões prometidos por Doria e Covas, a Prefeitura de São Paulo não respondeu, mas afirmou que a atual gestão entregou oito novos piscinões, um pôlder (muro de contenção) e, até o fim do ano, concluirá as obras de mais dois piscinões e outros três pôlderes, totalizando 15 reservatórios ao longo da administração.

A prefeitura paulistana indica, ainda que entregará mais um piscinão em janeiro e iniciará a obra de um segundo.

Entre outras frentes como zeladoria, monitoramento e ações emergenciais e preventivas, a gestão também apontou que concluiu as obras de canalização em oito córregos da cidade e segue os trabalhos em mais sete.

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