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Vice-presidente do Facebook é preso em São Paulo

Empresa teria se negado a entregar à Justiça de Sergipe mensagens trocadas por traficantes 

São Paulo|Da Agência Brasil

Diego Dzodan é vice-presidente do Facebook desde o ano passado
Diego Dzodan é vice-presidente do Facebook desde o ano passado

A Polícia Federal prendeu preventivamente na manhã desta terça-feira (1º) o vice-presidente do Facebook na América do Sul, Diego Dzodan. Ele foi preso enquanto ia para o trabalho, no bairro Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.

Diego Dzodan é argentino e mora no Brasil. Ele prestou depoimento na sede da PF de São Paulo, na Lapa, e foi encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros. 

Segundo a PF, a rede social descumpriu ordens judiciais que exigiam a liberação de informações presentes na página. Os dados seriam usados na produção de provas de investigações ligadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que tramitam em segredo de justiça no Juízo Criminal da Comarca de Lagarto, em Sergipe.

O juiz da Vara Criminal de Lagarto, Marcel Maia Montalvão, informou que o Facebook não liberou as conversas solicitadas — diante de três oportunidades que teve. Sendo assim, o magistrado determinou uma multa diária de R$ 50 mil caso a ordem não fosse cumprida. Diante de novo descumprimento, a multa foi elevada para R$ 1 milhão e, após essas medidas, o juiz decretou a prisão do responsável pela empresa no Brasil por impedir a investigação policial.


Em nota, o Facebook afirmou que a detenção é "medida extrema e desproporcional". Leia a íntegra:

"Estamos desapontados com a medida extrema e desproporcional de ter um executivo do Facebook escoltado até a delegacia devido a um caso envolvendo o WhatsApp, que opera separadamente do Facebook. O Facebook sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as autoridades brasileiras possam ter.” 


Bloqueio

Em dezembro do ano passado, a 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo pediu o bloqueio do Whatsapp por 48 horas também porque a empresa se negou a atender decisões judiciais que solicitavam quebra de sigilo de investigados. O bloqueio durou, no entanto, menos de 24 horas. 

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