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Vítima de queda de avião em SP fez vídeo com homenagem ao pai um mês antes de morrer

Antonio Deoclides Zini Júnior e a mulher, Kharine Gavlink Pessoa Zini, estavam no voo da Voepass que caiu em Vinhedo na sexta-feira

São Paulo|Do R7, em Brasília


Empresário e a mulher estavam no voo que caiu Reprodução/Youtube/@grupoprafrentebrasil - 02.07.2024

O empresário Antonio Deoclides Zini Júnior, um dos 62 mortos no voo da Voepass que caiu em Vinhedo (SP), fez uma homenagem ao pai no começo de julho, um mês antes de morrer. No vídeo, publicado em uma rede social, ele aparece ao lado da mulher, Kharine Gavlink Pessoa Zini, outra vítima do acidente, e dos filhos.

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A publicação foi feita para homenagear o pai do empresário, Deoclides Zini, que havia acabado de receber o título de Cidadão Honorário de Cascavel. Ele é o presidente do grupo Pra Frente Brasil, uma transportadora em que o filho era diretor de frota e manutenção.

No vídeo, o empresário afirma que tem “orgulho imenso” do pai e de “ter sido agraciado” pelos ensinamentos dele. A publicação foi compartilhada no canal oficial da companhia.

A aeronave do voo 2283 caiu no bairro de Capela, em Vinhedo, no interior de São Paulo, nessa sexta-feira (9), por volta das 13h28. O avião da companhia Voepass, antiga Passaredo, com capacidade para 68 passageiros, saiu do município de Cascavel, no Paraná, às 11h58, e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos.


O voo tinha 62 pessoas a bordo – 58 passageiros e 4 tripulantes. A Defesa Civil informou que a aeronave explodiu ao cair no chão.

Desde o primeiro momento, as autoridades informaram que ninguém a bordo sobreviveu. Apesar de a aeronave ter explodido na garagem de uma casa, nenhuma pessoa foi atingida em solo. Vídeos registraram o momento da queda do avião.


O percurso foi seguido pelo avião normalmente até por volta das 13h. A aeronave decolou de Cascavel (PR) às 11h50 e deveria pousar em Guarulhos (SP) às 13h45. Segundo informações da Força Aérea Brasileira, a partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, nem declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda de contato com o radar ocorreu às 13h22.

Em coletiva de imprensa na noite de sexta-feira, responsáveis pela Voepass informaram que o ATR-72 passou por manutenção na noite anterior ao acidente. Segundo a empresa, tudo estava no padrão técnico observado pela companhia. Ainda conforme os representantes da Voepass, o avião estava em rota normal até a queda. Os empresários lembraram que ainda precisam ser analisadas informações para as causas serem compreendidas.


Tempo apresentava instabilidade

Especialistas acreditam que o mau tempo pode ter contribuído para o acúmulo de gelo nas asas. Pilotos que sobrevoaram São Paulo na sexta-feira (9) confirmaram uma condição atmosférica fora do normal. O ATR-72 é um avião de médio porte com boa reputação de segurança. Por características de projeto, voa a uma altitude inferior à operada pelos grandes jatos, justamente onde ocorre uma maior formação de gelo na atmosfera.

Quem são as vítimas

Segundo a Voepass, a tripulação tinha todas as certificações necessárias para o voo e era composta por pessoas experientes. A equipe era formada por: Danilo Santos Romano, comandante; Humberto de Campos Alencar e Silva, co-piloto; Débora Soper Ávila, comissária; e Rubia Silva de Lima, comissária.

Entre os passageiros estavam pai e filha: Liz Ibba Santos, de três anos, e Rafael Fernando dos Santos, que viajavam para celebrar o Dia dos Pais; as médicas residentes de oncologia clínica Arianne Albuquerque Estevan Risso e Mariana Comiran Belim; e o árbitro de judô Edilson Hobold, de 52 anos. A lista completa foi disponibilizada por volta das 18h de sexta-feira.

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