Zelador esquartejado: casal acusado pelo crime será ouvido pela Justiça em audiência de instrução do caso
Idoso foi morto em junho após discussão; partes do corpo foram queimadas em churrasqueira
São Paulo|Do R7
A Justiça de São Paulo começa a ouvir, nesta terça-feira (7), o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, e a mulher dele, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42, acusados pela morte e esquarjamento do zelador Jezi Lopes da Silva, de 63 anos. O crime aconteceu em maio.
A audiência de instrução, termo usado pela Justiça, vai definir se o casal irá, ou não, enfrentar o Júri Popular e está prevista para as 13h30. De acordo com o Tribunal de Justiça, ao todo 40 testemunhas devem ser ouvidas no processo.
A audiência foi marcada no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, porque Ieda está presa em Bangu, no Rio de Janeiro, onde responde por outro crime. A advogada será ouvida por uma teleaudiência. Já o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins deve comparecer ao fórum.
O juiz Rodigo Tellini, da 2º Vara do Júri vai presidir a audiência. Além do casal, ele deve ouvir algumas testemunhas de acusação nesta primeira etapa.
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O caso
No dia do crime, vizinhos disseram ter ouvido uma discussão entre o zelador e o publiciário no prédio. Pouco tempo depois, Margins e Ieda foram vistos descendo com uma mala. Eles alegaram que a mala estava cheia de roupas que seriam doadas para uma igreja.
Segundo a polícia, o zelador foi morto no dia 30 de junho, no bairro Casa Verde, zona norte de São Paulo, e o corpo dele foi levado a Praia Grande, na Baixada Santista, dentro de uma mala. Três dias depois do desaparecimento, os investigadores foram até o prédio e descobriram que o pai do publicitário tem uma casa na Praia Grande. Eles foram ao local e encontraram o suspeito Martins tentando queimar o corpo do zelador em uma churrasqueira.
O publicitário teria esquartejado o corpo da vítima no litoral, com um serrote encontrado na casa. O acusado também teria espalhado partes do corpo pela residência, em sacos plásticos. Outras partes teriam sido queimadas na churrasqueira e algumas, enterradas. Martins ainda teria jogado cal em alguns pedaços do idoso para evitar mau cheiro.
Advogada envolvida no caso zelador também é acusada de torturar o filho: