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78% das universidades estão no ambiente virtual, aponta pesquisa

De acordo com a ABMES, 89% dos estudantes das instituições particulares acompanham as aulas ao vivo. Crise financeira também impacta o setor

Coronavírus|Karla Dunder, do R7

Ensino a distância cresce com pandemia
Ensino a distância cresce com pandemia

A ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) em parceria com a Educa Insights apresenta nesta quinta-feira (7) a segunda etapa da pesquisa que avalia o impacto do isolamento causado pelo novo coronavírus no ensino superior privado no país. 

Leia mais: Mesmo com coronavírus, 94% dos alunos vão seguir com estudos

Essa etapa da pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 30 de abril, com 1.513 pessoas, em todas as regiões brasileiras.

Após 45 dias do início da quarentena, 78% das instituições de ensino superior particulares do país migraram suas atividades presenciais para aulas virtuais. As outras 22% preferiram optar por suspender as aulas ou o semestre. 


"O que chama a atenção nesta etapa da pesquisa é que 89% das aulas são ao vivo, percebemos que em pouco mais de um mês houve um crescimento no uso de ferramentas de comunicação", explica Celso Niskier, presidente da ABMES.

A pesquisa aponta que 61% desses estudantes têm aulas exclusivamente ao vivo. Outras 28% utilizam tanto o formato simultâneo quanto atividades gravadas. E 11% utilizam exclusivamente as aulas offline, usado na EAD (Educação a Distância). 


Segundo os dados analisados, 59% dos alunos são favoráveis à experiência online. "O setor precisou se mobilizar em caráter emergencial e os estudantes compreenderam a situação", avalia Niskier.

No entendimento da ABMES, o isolamento trouxe como vantagem o uso das ferramentas de tecnologia. "Tudo indica que vamos caminhar para o ensino hídrido no pós-pandemia."


A pesquisa também aponta o impacto da crise econômica nos estudantes e instituições. 91% dos alunos ouvidos pretendem continuar. 65% afirmaram não ter sofrido impactos significativos com a pandemia, no entanto, 20% informaram ter perdido o emprego em função da crise. E 15% deste total informou que pretende deixar ou já deixou o curso.

"Percebemos que as instituições estão negociando com os estudantes que perderam sua fonte de renda e 1/4 conseguiu algum tipo de benefício", diz Niskier. "Algumas optam pelo parcelamento das mensalidades, outras dão descontos pontuais."

A ABMES orienta que as universidades negociem caso a caso com os estudantes.

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