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Uma cidade sem contaminados no epicentro do coronavírus na Itália

A pequena Ferrera Erbognone surpreende pesquisadores, que testam o sangue dos moradores em busca de possíveis anticorpos para o covid-19

Coronavírus|Eduardo Marini, do R7

Italianos estão surpresos com ausência de coronavírus em Ferrera Erbognone
Italianos estão surpresos com ausência de coronavírus em Ferrera Erbognone Italianos estão surpresos com ausência de coronavírus em Ferrera Erbognone

Ferrera Erbognone é uma pequena cidade da província de Pavia, na região da Lombardia, norte da Itália, com cerca de 1.150 habitantes. Fica distante 56 quilômetros de Milão, tem área de 19 quilômetros quadrados e média de idade superior a 60 anos.

Como a maioria das pequenas comuni (cidades) italianas próximas a grandes centros, registrou uma importante diminuição da população nos últimos 150 anos. Em 1886, tinha 2,4 mil moradores, mais do que o dobro do total de hoje.

Uma constatação sobre Ferrera Ergognone vem surpreendendo as autoridades de saúde europeias e mundiais. Apesar de estar localizada na região mais afetada pelo coronavírus na Itália, o país do mundo com o maior número de vítimas fatais da pandemia até agora, a comuna ainda não registrou sequer um caso de contaminação pela pandemia.

A descoberta positiva, mas ao mesmo tempo curiosa e até estranha, levou especialistas a considerar a possibilidade de que os habitantes da cidade tenham algum tipo de imunidade ao vírus.

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Para entender as razões da inexistência de casos, ao menos até o momento, especialistas do Instituto Neurológico Mondino de Pavia organizaram um processo de teste do sangue de moradores da comuna. Os cidadãos estão sendo levados até um laboratório local para os exames.

A expectativa dos pesquisadores é encontrar anticorpos no organismo dos habitantes de Ferrera Erbognone resistentes ao problema, o que contribuiria para combater o covid-19.

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Questionados sobre os possíveis motivos da ausência de contaminação, os habitantes da pequena cidade afirmam que, apesar de não ficarem “o tempo todo fechados em casa”, cumprem desde o início “as regras de isolamento, reclusão e proteção determinadas pelo governo italiano”, como explica um médico local, Giovanni Fassina, ao jornal italiano Corriere della Sera.

O número de mortos pelo coronavírus na Itália chegou a 10.779 neste domingo (29), um aumento de 756 vítimas nas últimas 24 horas, atesta a agência de proteção civil do país. O total de infectados no país desde o último dia 20 de fevereiro, data do registro no primeiro caso italiano, bateu em 97.689. Hoje, diminuindo os recuperados da infecção, há 73.880 pessoas contaminadas.

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A Europa, com 363 mil infetados e mais de 22 mil mortos, é o continente mais afetado pelo coronavírus. A Espanha é o segundo país com maior número de vítimas, depois da Itália, com 6.528 mortes e 78.797 casos de infeção confirmados até a noite de domingo (29).

Os Estados Unidos são o país com maior número de infetados no mundo. A China, país de origem da pandemia, abriga até agora 81.439 casos, com 3,3 mil mortes.

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