Dengue aumenta risco de complicações no parto, e pesquisador sugere ampliar vacinação
Doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti causam danos ainda maiores à saúde de gestantes e fetos do que o pensado
Saúde|Do R7
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Infecções causadas pelo mosquito Aedes aegypti aumentam o risco de complicações no parto. A constatação é de um estudo da Fundação Oswaldo Cruz publicado na revista Nature Communications.
A pesquisa analisou mais de 6,9 milhões de nascidos vivos no Brasil entre 2015 e 2020 e revelou que a infecção durante a gestação está associada a maiores riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, incluindo parto prematuro, baixo peso ao nascer e até morte neonatal.
“Atualmente, já tem vacina contra a dengue. No Brasil, por enquanto, estão sendo vacinadas apenas crianças de 10 a 14 anos. Mas seria interessante que o Ministério da Saúde ampliasse esse leque de pessoas elegíveis para vacinar”, diz Thiago Cerqueira Silva, professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Ao Conexão Record News de sexta-feira (26), Silva considera que as complicações na gravidez causadas pelos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti são maiores do que os pesquisadores pensavam anteriormente.
“O zika já era bem conhecido, então já tinha essa conscientização do aumento do risco de anomalia congênita com zika e outras complicações. Mas a gente vê a mesma parecido para dengue e chikungunya”, explica.
Desta forma, o especialista avalia que esta descoberta representa um problema para a saúde pública brasileira. Além de considerar um desafio a ser superado na proliferação do mosquito, ele também defende a ampliação das populações elegíveis para receberem a vacina que protege contra a dengue. Disponível no Sistema Único de Saúde, o imunizante tem indicação para pessoas de 10 a 14 anos no momento.
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