Dengue: Ministério da Saúde realiza Dia D de combate à doença em 14 de dezembro
Brasil registrou mais de 6,5 milhões de casos e quase 5.900 mortes desde o começo do ano
Saúde|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília e Ana Bianchini, da RECORD
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quinta-feira (28) que a pasta vai realizar em 14 de dezembro outro “Dia D” de combate à dengue em todo o território nacional. Desde o começo do ano, o Brasil registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis da doença. Além disso, ao menos 5.865 pessoas morreram por dengue em 2024. A pasta investiga outros 1.149 óbitos.
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Nísia afirma que a ação de conscientização busca prevenir novos casos da doença. Segundo ela, o trabalho preventivo “pode reduzir muito os casos se agirmos desde já”.
“Sofremos muito este ano com casos de dengue. Esse é um momento que veio muito em consequência do aquecimento global e das mudanças climáticas. Hoje, a dengue é um problema em mais de 200 países do mundo, países de clima temperado, como é o caso do Brasil”, explica.
Uma campanha do Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com o ministério afirma que 10 minutos por semana são suficientes para impedir a proliferação da doença.
“São apenas 10 minutos para checar locais onde o mosquito costuma colocar os ovos, entre eles: caixas d’água, calhas, pneus, barris, vasos de planta, baldes e ralos”, garante a ministra. Uma cartilha foi feita para auxiliar a população nessa conferência.
Cenário do Brasil
São Paulo é a unidade da Federação com mais mortes registradas em 2024, com 1.936, seguida por Minas Gerais (1.104), Paraná (733), Distrito Federal (440) e Goiás (408). Somados, os quatro estados e o DF acumulam 78% do total de óbitos.
Quando se trata sobre incidência da doença, o Distrito Federal é a unidade da Federação com a maior taxa, com 9.863,3 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás aparecem em seguida, somando 77% do número absoluto de casos.
A faixa etária que mais registra casos de dengue é a de 20 a 29 anos, com 1,2 milhão de casos, o que representa quase um em cada cinco casos. Na separação por gênero, as mulheres são a maioria a contrair a doença (55%).