Brasil já teve três epidemias de meningite. A pior foi nos anos 1970

Doença foi descrita na Antiguidade, mas primeiro caso no Brasil ocorreu em 1906; auge da epidemia foi em 1975, um pouco antes da chegada da vacina

Saúde|Do R7

01/03/2019 - 19h01 (Atualizado em 19/04/2024 - 12h28)

Até 1919 ocorreram apenas casos esporádicos de meningite no país, segundo a pesquisa. No início do século 20, a transmissão acontecia exclusivamente entre imigrantes europeus. Em 1911 foi registrado o primeiro caso em um brasileiro. A partir daí, começou a disseminação da doença, principalmente entre militares que ficavam enclausurados em quarteis

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Os bunkers foram muito utilizados pelos ingleses durante a Segunda Guerra Mundial para proteger a população dos ataques aéreos relâmpagos dos alemães, as infames Blitzkriegs

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Nesta epidemia, a incidência da doença chegou a 179 casos por 100 mil habitantes. Foram registrados 12.307 casos na cidade de São Paulo, com média de 33 casos por dia, de acordo com o registro dos pesquisadores da Santa Casa de São Paulo

Moro em uma grande cidade. Tenho mais chance de
pegar febre amarela, dengue, zika ou chikungunya?

A febre amarela que circula no Brasil é silvestre. Isso significa
que os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que transmitem a doença, habitam apenas
áreas de mata. Se você mora no meio urbano, portanto fora da área de risco de
transmissão da doença, não terá chance de pegar febre amarela. Já o Aedes
aegypti, que transporta dengue, zika ou chikungunya, habita as cidades. Portanto, há maior chance de você contrair essas doenças do que febre amarela, desde que você esteja em regiões do país em
que há proliferação delas

A meningite foi descrita pela primeira vez na Grécia Antiga, por Hipócrates, "pai" da medicina. Já os primeiros casos de meningite do Brasil foram registrados em São Paulo, em fevereiro de 1906 entre imigrantes europeus oriundos da Ilha da Madeira, em Portugal, de acordo com estudo do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Os pacientes tiveram que ser isolados para evitar a proliferação da doença. O diagnóstico foi confirmado por autópsia pelo médico Adolfo Lutz, que identificou o meningococo, uma bactéria