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Assim como a pele, o intestino e a boca, a vagina tem uma flora formada por bactérias e fungos que dão proteção natural à região porque mantém o pH da área - o nível de acidez. De acordo com a ginecologista Kelly Alessandra Tavares, uma boa higiene é capaz de manter essa flora com o nível correto de fungos e bactérias. Ela explica que todas as mulheres possuem uma secreção vaginal que é normal e bactérias que permitem que a flora fique adequada, limpar a região mais ou menos que o recomendado pode fazer com que o número de bactérias aumente, causando doenças como a candidíase. "A cândida é uma bactéria que existe naturalmente na região, mas quando aumenta muito seu índice, causa a doença"
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Como fazer a higiene íntima? A limpeza íntima deve ser feita com água corrente e sem friccionar a pele da vulva. É importante ter em mente que a única coisa que pode ajudar na limpeza da vagina são os dedos, usar esponjas ou panos para esfregar a região pode irritar e tirar a lubrificação natural - o que pode modificar o pH. Duchas também não devem ser usadas pelo mesmo motivo. Para secar, o ideal é usar uma toalha seca e macia. Em dias quentes, é importante fazer a higiene íntima de uma a três vezes ao dia. Nos dias frios, uma vez pode ser o suficiente
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Sabonete específico para a região íntima é indicado? Os sabonetes íntimos são os mais adequados para higienização, pois são produtos testados para serem usados na região íntima. Devem ser preferencialmente líquidos, com pH ácido, ou seja, entre 4,2 e 5,9, sem perfume, não-bactericida e com detergência suave, e produzir pouca espuma
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Sabonete normal pode causar problemas? Se a mulher não tiver acesso ao sabonete íntimo, pode utilizar sabonetes líquidos, com pH neutro e sem perfume. O sabonete comum em barra geralmente tem pH alcalino, diferentemente do pH ácido da vulva, e, por isso, pode provocar ressecamento e diminuição da acidez da pele da região, portanto não está indicado para higienização
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Lenços umedecidos podem ser usados para limpeza? Os lenços umedecidos só devem ser usados em situações emergenciais, não deve ser uma rotina. A médica explica que eles podem ser usados em casos onde não é possível fazer a higienização adequada. Caso o uso seja indispensável, é importante usar lenço sem perfume e tomar cuidado para a região não ficar úmida, já que umidade favorece a proliferação de bactérias
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Protetor diário é indicado? Com a flutuação hormonal, a secreção vaginal pode aumentar em alguns períodos do mês. Isso incomoda algumas mulheres que preferem usar o protetor diário. O ideal é que eles sejam evitados, mesmo os que são identificados como "respiráveis" porque abafam a região vaginal, o que incentiva a proliferação de bactérias
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Roupas e calcinhas justas podem trazer problemas? Roupas e calcinhas muito apertadas, de tecidos sintéticos como a renda, não permitem a "respiração" da pele, esse abafamento também aumenta a chance de aumento no número de bactérias. O melhor é usar calcinha de algodão, que é um tecido que permite ventilação. À noite, para dormir, o ideal é não usar nada, deixar a região livre
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Como deve ser a higiene no período menstrual? Neste período, a higienização deverá ser feita com maior frequência assim como a troca de absorventes. A indicação é que eles sejam trocados a cada 3 ou quatro horas no máximo, junto com uma rápida higienização para tirar os flocos de sangue da área, pois também são meio de cultura para bactérias. No caso do absorvente interno, a troca deve ser a cada 3 horas, no máximo. Além de favorecer bactérias, em mulheres com muito fluxo, ele pode inchar muito, o que dificulta a retirada
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