É uma tradição que, com a proximidade das festas de fim de ano, as pessoas passem a colocar metas para o ano seguinte, a fim de planejar o que pretendem fazer nos meses que estão por vir. Para evitar frustrações com o não cumprimento desses objetivos, a especialista em desenvolvimento humano Ester Gomes explica como traçar metas.
“Elaborar metas para o próximo ano pode ser algo muito bacana, mas opte por aquelas que você consegue realizar em um pequeno prazo, como por exemplo: irei terminar o mês de janeiro com mais de 200 reais na conta. Conforme for cumprido, você pode traçar novas metas, evitando uma futura frustração de algo que não conseguiu completar.”
A especialista explica que é preciso traçar objetivos alcançáveis, que dependam mais de você do que de fatores externos, a fim de evitar problemas como desconforto, ansiedade e frustração ao não chegar na meta final.
“É preciso estar bem conectado com a realidade. Hoje, por exemplo, se o seu objetivo fosse realizar um mochilão pelo mundo, sabemos que ainda estamos em pandemia e cada país tem sua restrição quanto à fronteira. Um objetivo mais factível seria começar a fazer exercícios físicos, que além de beneficiar a sua saúde mental, libera substâncias de prazer como a endorfina”, conta.
Para evitar a melancolia de não realizar algo que já estava planejado, Ester recomenda estabelecer, no máximo, cinco objetivos por vez, para que seja mais fácil focar em cada um deles.
“Quando se traça um objetivo, automaticamente você cria uma pressão em você para realizá-lo, o que acarreta em estresse, ansiedade e outros fatores, principalmente quando alguma das suas metas dependem de outros fatores que fogem do seu controle, como exemplo de arranjar um namorado. Para que você consiga realizar, necessita de outra pessoa”, pontua.
A especialista aponta que desenvolver objetivos menores dentro de uma meta pode ajudar a não perder o foco – e dar a impressão de que o ponto final está mais próximo a cada conquista menor.
“Planejar metas é algo muito bom, só precisamos de foco e organização para realizá-las. Caso não consiga cumprir alguma, precisamos rever o que está errado. E de repente, somente ajustá-la, e não deixar de lado.”, finaliza.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Fernando Mellis