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Mais de 40% das gestantes têm incontinência. Veja como prevenir

Sobrecarga da musculatura pélvica faz xixi escapar mediante esforços; fortalecimento pélvico ajuda a prevenir e a melhorar o problema 

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Gravidez sobrecarrega o assoalho pélvico e faz com que a urina escape
Gravidez sobrecarrega o assoalho pélvico e faz com que a urina escape Gravidez sobrecarrega o assoalho pélvico e faz com que a urina escape

A incontinência urinária é um problema que afeta cerca de 40% das gestantes, segundo a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), sendo que dados na literatura médica apontam que essa porcentagem pode chegar a 60%, de acordo com a fisioterapeuta Fátima Fitz, do Centro de Assoalho Pélvico do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo.

"A musculatura do assoalho pélvico é responsável por sustentar os órgãos pélvicos e abdominais e pela sustentanção do peso do corpo, além de ser responsável pelo fechamento e contenção de urina e fezes. No período gestacional, há uma sobrecarga dessa musculatura e, com situações de esforço, como o espirro, uma tosse ou uma risada, há um escape da urina", explica Fátima.

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Outra questão que faz com que as mulheres tenham a tendência a ter a incontinência nesse período é a soma da sobrecarga da musculatura e da ação da progesterona, que faz com que a bexiga se relaxe, não conseguindo conter a urina.

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A fisioterapeuta afirma que existem dois tipos de incontinência urinária, sendo a primeira ligada aos esforços, fazendo com que hajam os escapes de xixi com a realização de alguma ação, e o segundo estaria ligado à urgência de urinar, não conseguindo segurar o xixi até ir ao banheiro. Entretanto, Fátima afirma que nem sempre o segundo tipo está ligado à uma incontinência, mas sim à pressão que o útero exerce sobre a bexiga, já que o bebê estaria localizado logo acima do órgão urinário.

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"A incontinência pode ocorrer durante a gestação por conta dessa sobrecarga do assoalho pélvico e pode acontecer também de a mulher não ter esse escape de urina enquanto grávida e ter no puerpério, logo após o parto e se ele for o parto vaginal. Essas incontinências são transitórias e tendem a melhorar conforme o organismo retoma suas funções e com os exercícios musculares", afirma a fisitorapeuta. 

Porém, se a mulher tem a incontinência durante a gravidez e após o parto, e não em apenas um dos períodos, a disfunção no trato urinário faz com que aumentem as chances de, durante a menopausa, ela desenvolver a incontinência. Outras razão que aumenta a chance da incontinência na menopausa é a redução na produção de estrógeno, já que o hormônio tem a função de fechar a uretra para o xixi não escapar.

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Fátima alega que é possível prevenir a incontinência urinária por meio do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com fisioterapia. "A maioria das mulheres procuram a reabilitação da musculatura pélvica a partir da 18ª semana gestacional, mas se ela tem a intenção de engravidar, o ideal é que já busque esse fortalecimento antes mesmo de ficar grávida", orienta a especialista.

Para ajudar no fortalecimento pélvico, Fátima explica que as mulheres podem fazer contrações desses músculos durante as atividades diárias. Nessa contração, a mulher deve fazer o esforço igual ao de segurar o xixi, sentindo a musculatura subir e segurar a posição por pelo menos 10 segundos. O ideal é realizar de oito a 12 repetições, três vezes ao dia e três vezes por semana.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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