Medicamento falso para autismo é retirado do mercado, diz Anvisa
Embora proibido, o MMS, um produto químico corrosivo, vinha sendo vendido pela internet como cura milagrosa para a condição; substância pode matar
Saúde|Deborah Giannini, do R7

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta sexta-feira (26) que fiscalizou e retirou anúncios da internet do produto dióxido de cloro, também comercializado com a sigla MMS.
O uso do dióxido de cloro havia sendo divulgado como "cura milagrosa" para diversas doenças e o autismo. "O produto, na verdade, é uma substância utilizada na formulação de produtos de limpeza, como alvejantes e tratamento de água", afirmou a Anvisa por meio de nota.
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O órgão ressalta que o dióxido de cloro não tem aprovação como medicamento em nenhum país do mundo. "A sua ingestão traz riscos imediatos e a longo prazo para pacientes, principalmente crianças", apontou a Anvisa.
Trata-se de um produto corrosivo, que também traz riscos pela inalação, cuja manipulação exige uso de equipamento de proteção.
A agência ainda afirmou que a substância química não tem propriedades terapêuticas nem qualquer comprovação de segurança para uso em humanos.
Vale ressaltar que desde junho de 2018, a Anvisa proíbe a fabricação, distribuição, comercialização e uso desse produto. Mesmo assim ele vinha sendo vendido pela internet. "Estava proibido desde o ano passado, mas sua comercialização voltou este ano. A Anvisa, então, voltou a agir e coibir essa comercialização, além de abrir um novo processo de investigação", afirma Renata Zago, gerente de Inspeção, Fiscalização de Alimentos, Cosméticos e Saneantes da Anvisa.
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A agência informou que, nesta quinta-feira (25), já havia solicitado ao site Mercado Livre a retirada de dois anúncios do ar. Segundo o órgão, os anúncios traziam indicações de uso para tratamento para autismo e ofereciam protocolos de uso do produto para seus compradores.
"Estamos trabalhando em parceria com o Mercado Livre e outros sites. Foram derrubados mais de 70 anúncios no Mercado Livre dessa substância", explica.
A agência disse que está alertando as Vigilâncias Sanitárias de Estados e municípios para que fiscalizem o comércio irregular dessa substância com indicações terapêuticas.
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A Anvisa orienta que, caso o anúncio desse produto seja encontrado, deve ser feita uma denúncia na agência pelo telefone 0800 642 9782.
Produtos proibidos pela Anvisa vão de remédios à comida com bactéria:
Esse tipo de remédio pode ser de uso contínuo? Estes medicamentos são seguros para serem usados a longo prazo, desde que bem indicados e desde que o paciente seja acompanhado. Os IBP, como qualquer outro medicamento, podem causar efeitos adversos que p...
Esse tipo de remédio pode ser de uso contínuo? Estes medicamentos são seguros para serem usados a longo prazo, desde que bem indicados e desde que o paciente seja acompanhado. Os IBP, como qualquer outro medicamento, podem causar efeitos adversos que passam por aumento do número de bactérias no intestino e dificuldade de absorção de ferro, vitamina B12, zinco, magnésio e eventualmente vitamina D. Isto tudo precisa ser monitorado pelo clínico que prescreve estes fármacos. Também é importante destacar que estes medicamentos não perdem eficácia quando usados a longo prazo









