Ministério confirma negociação de 46 milhões de doses da CoronaVac
Previsão é de que sejam entregues 24 milhões e 700 mil doses de vacinas contra a covid-19 até meados de janeiro, afirmou o ministro da Saúde
Saúde|Brenda Marques, do R7
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou que o Ministério da Saúde está em negociações com o Instituto Butantan, em São Paulo, para adquirir um primeiro lote de 46 milhões de doses da CoronaVac. A informação foi dada nesta quinta-feira (17) durante sessão realizada no plenário do Senado para discutir o plano nacional de vacinação contra a covid-19.
"Eu coloco aqui de uma forma muito clara: sim, nós temos um memorando de entendimento com o Butantan há mais de dois meses e meio. E estamos partindo para um contrato", afirmou o ministro, destacando que sua concretização depende do registro do imunizante pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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Pazuello também afirmou que o cronograma de vacinação está sendo fechado em cima da previsão de entrega de três imunizantes: CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. De acordo com ele, a previsão é de que sejam entregues, em meados de janeiro, 24 milhões e 700 mil doses de vacinas contra a covid-19: 500 mil da Pfizer, 9 milhões do Butantan e 15 milhões e 200 mil da AstraZeneca.
Entretanto, o ministro não especificou em que dia do mês a entrega vai ocorrer. "A data exata é o mês de janeiro, pode ser 18 de janeiro, 20 de janeiro. O processo diário de decisão e acompanhamento vai nos dar a data. mas já nos dá um novo desenho. Isso tudo dependendo do registro da Anvisa", enfatizou.
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Estão previstas mais 22 nilhões de doses da CoronaVac para fevereiro. Já a Pifzer e a AstraZeneca devem entregar a mesma quantidade do mês anterior. Com isso, serão mais 37 milhões e 700 mil doses disponíveis. "Em março, outras 31 milhões de doses e a partir dali equilibra o número", disse.
O acordo já fechado com a AstraZeneca garante 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica em parceria com a Universidade de Oxford até o primeiro semestre de 2021. A partir de julho, começa a produção nacional: serão 20 milhões de doses por mês fabricadas pelo Instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Além disso, estão asseguradas mais 42, 5 milhões de doses por meio do Covax Facility, aliança global liderada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) que tem o objetivo de garantir aos países em todo o mundo o acesso equitativo a vacinas seguras e eficazes contra a doença causada pelo novo coronavírus.