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Ministério da Saúde anuncia incorporação do remédio mais caro do mundo ao SUS 

Medicamento é utilizado no tratamento de crianças com até 6 meses de idade diagnosticadas com atrofia muscular espinhal

Saúde|Da Agência Brasil

Medicamento deve estar disponível na rede pública em até 180 dias
Medicamento deve estar disponível na rede pública em até 180 dias Medicamento deve estar disponível na rede pública em até 180 dias

O Ministério da Saúde anunciou a incorporação do remédio Zolgensma ao SUS (Sistema Único de Saúde). Ele é usado por crianças com até 6 meses de idade. O anúncio ocorre cinco dias após a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde) se manifestar favoravelmente à distribuição, pela rede pública, do medicamento.

Utilizado no tratamento de crianças acometidas pela AME (atrofia muscular espinhal) do tipo 1, o remédio — também conhecido pelo nome científico onasemnogeno abeparvoveque — deverá estar disponível na rede pública em até 180 dias, prazo estipulado na portaria que o ministério publicou hoje (7) no Diário Oficial da União.

Segundo o Ministério da Saúde, o período de ajuste é necessário para que o governo possa elaborar um protocolo de orientação sobre o uso do produto, bem como negociar preço de aquisição e prazos de entrega com o laboratório fabricante, a Novartis.

No Twitter, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o medicamento deverá ser aplicado exclusivamente em crianças de até 6 meses de idade que estejam tratando os efeitos da atrofia muscular espinhal sem o emprego de ventilação invasiva por mais de 16 horas diárias. A prescrição segue o protocolo inicial estabelecido pelo ministério.

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Queiroga anunciou ainda que, conforme estabelece a Lei 14.307, de março deste ano, o medicamento deverá ser incluído também no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar, obrigando os planos de saúde a cobrir o tratamento quando prescrito a seus clientes.

“Os planos de saúde devem oferecer o tratamento aos seus beneficiários no prazo máximo de até 60 dias, como regulamenta a Lei nº 14.307, de março de 2022, fruto de uma medida provisória editada pelo governo [federal] e sancionada pelo presidente [da República] Jair Bolsonaro”, escreveu Queiroga.

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A doença

A AME é uma doença rara, degenerativa, transmitida de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores (responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover).

Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas.

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Os principais sinais da doença incluem perda do controle e de forças musculares e incapacidade e/ou dificuldade de movimentos e locomoção, de engolir, de manter a cabeça ereta e de respirar.

Segundo o Ministério da Saúde, além da avaliação técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS, a incorporação do Zolgensma ao SUS foi objeto de uma consulta pública que recebeu sugestões/contribuições de mais de 1.200 pessoas.

Além do Zolgensma, outros dois medicamentos que afetam o neurônio motor espinhal já estão incorporados ao SUS: o nusinersena e o risdiplam, ambos de uso contínuo.

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