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Número de casos de mpox dispara 258% em 2024 no estado de São Paulo

Doença voltou a preocupar autoridades após o surgimento de uma variante na África

Saúde|Do R7, com Agência RECORD


Monkeypox é um exemplo de zoonoses que afetam os seres humanos
Mpox causa lesões na pele Arquivo/R7

O estado de São Paulo registrou um aumento de 258% do número de casos de mpox (anteriormente chamada de varíola do macaco) entre janeiro e julho deste ano, período em que foram diagnosticados 315 pacientes — nos sete primeiros meses de 2023, haviam sido 88 —, informa a Secretaria de Estado da Saúde.

Os números ainda estão longe do patamar registrado durante o surto de 2022, quando o estado contabilizou 4.129 pessoas infectadas. Em todo o país, foram notificados neste ano 709 casos de mpox, de acordo com o Ministério da Saúde.

O primeiro caso de mpox do Brasil foi registrado em São Paulo em maio de 2022, quando o mundo enfrentava uma rápida disseminação da doença. Agora, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reacendeu o alerta, diante do surgimento de uma nova variante do vírus associada ao aumento do número de infectados na República Democrática do Congo.

Já houve registros da doença em países onde ela não havia sido detectada até então: Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda.


“Esta não é apenas uma questão africana. A mpox é uma ameaça global, uma ameaça que não conhece fronteiras, raça ou credo. É um vírus que explora nossas vulnerabilidades, atacando nossos pontos mais fracos”, ressaltou ontem o diretor-geral do CDC África, Jean Kaseya.

O Ministério da Saúde criou um comitê de emergência para acompanhar a situação epidemiológica da mpox, mas a ministra Nísia Trindade garantiu que “não há motivo de alarme, mas de alerta”.


O que é a mpox

A mpox é uma doença zoonótica causada pelo vírus de mesmo nome, pertencente à família do vírus da varíola humana. É transmitida principalmente por contato direto com lesões na pele, fluidos corporais, ou objetos contaminados, como roupas de cama. A transmissão também pode ocorrer por meio de gotículas respiratórias durante contato prolongado face a face.

Embora inicialmente descoberta em macacos, a mpox é mais frequentemente transmitida a partir de roedores selvagens para humanos, especialmente em áreas rurais da África central e ocidental.


Em 2022, pela primeira vez desde que o vírus foi identificado, houve um surto global de mpox, afetando principalmente países da Europa e Américas. O Brasil chegou a ser o segundo local com o maior número de casos.

Os sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos inchados e uma erupção cutânea característica que evolui para lesões semelhantes a pústulas.

A maioria dos casos são leves, mas complicações podem ocorrer, especialmente em pessoas imunocomprometidas. O tratamento é principalmente sintomático, focando no alívio dos sintomas e prevenção de complicações.

Há uma vacina disponível, a Jynneos, que pode ser aplicada inclusive após a exposição, antes do desenvolvimento dos sintomas. A disponibilidade mundial do imunizante, porém, ainda é limitada.

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