Pais arrecadam R$ 8 milhões para remédio mais caro do mundo a bebê
Matilda, de 2 anos, tem AME (atrofia muscular espinhal); caso ocorreu em Portugal e mobilizou o país, levando à arrecadação em menos de 2 meses
Saúde|da EFE

Uma família conseguiu mobilizar Portugal para arrecadar 2 milhões de euros (cerca de R$ 8 milhões), quantia necessária para pagar o "remédio mais caro do mundo" para o tratamento de Matilda, um bebê de dois meses que sofre AME (atrofia muscular espinhal).
O caso foi divulgado há poucos dias e nesta terça-feira (2) os pais anunciaram no Facebook que foram arrecadados mais de 2 milhões de euros, cobrindo assim o valor do remédio, de 1,9 milhão, embora tenham advertido que possa haver "despesas adicionais".
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Matilde, cujo rosto ocupa as manchetes dos jornais, foi diagnosticada ao nascer com atrofia muscular espinhal do tipo 1, a versão mais grave desta doença, que afeta todos os músculos do corpo e causa perda de força, paralisia progressiva e perda das capacidades motoras.
Diante do diagnóstico, os pais de Matilde não se resignaram aos medicamentos disponíveis no seu país, que aliviam os sintomas, e lançaram uma chamada para conseguir o Zolgensma, um remédio aprovado em maio deste ano nos Estados Unidos e avaliado em cerca de 1,9 milhão de euros.
Com a quantia arrecadada, Matilde, que desde que nasceu está internada no Hospital Santa Maria de Lisboa, poderá ter acesso em breve ao tratamento, presumivelmente fora de Portugal, já que o remédio deve ser primeiro autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos para ser comercializado na Europa.
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A onda solidária para ajudar a menina, de uma magnitude pouca vezes vista em Portugal, conseguiu reunir os 2 milhões de euros em menos de dois meses, algo que emocionou a mãe da bebe, que no Facebook assegurou que "não existem palavras no dicionário" para definir o que as pessoas fizeram por sua família.
Na mesma rede social, a mãe informou que o dinheiro restante após pagar o tratamento de Matilde "será doado a outras famílias" com o mesmo problema.
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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), existem 8 mil tipos de doenças raras no mundo. Elas são consideradas assim porque afetam, no máximo, 65 pessoas em cada grupo de 100 mil. Ou seja: uma para cada 2 mil pessoas. A grande maioria, 80%, t...
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), existem 8 mil tipos de doenças raras no mundo. Elas são consideradas assim porque afetam, no máximo, 65 pessoas em cada grupo de 100 mil. Ou seja: uma para cada 2 mil pessoas. A grande maioria, 80%, tem origem genética, por isso não são curáveis, mas algumas possuem tratamentos que amenizam ou retardam os sintomas. No Brasil, segundo um estudo feito pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), existem 13 milhões de pessoas com algum tipo de doença rara
























