Sarampo: SP, RJ e Pará têm surto. Campanha em SP é prorrogada
Ação na cidade de São Paulo que terminaria nesta sexta (12) foi estendida até 16 de agosto; vítimas são jovens entre 15 e 29 anos e bebês abaixo de 1 ano
Saúde|Deborah Giannini, do R7
O país registra surto de sarampo em três Estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. No total, 142 casos já foram confirmados no Brasil desde o início do ano, de acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, de 27 de junho.
As ocorrências foram em São Paulo (66), Rio de Janeiro (11), Pará (53), Minas Gerais (4), Santa Catarina (3), Amazonas (4), Roraima (1). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o número no Estado já foi atualizado para 206.
Não há mortes notificadas este ano no país, segundo o Ministério.
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A doença, que havia sido erradicada em 2016, voltou a ser registrada no ano passado, quando houve os primeiros surtos em 11 Estados. Em 2018, foram 10.326 casos, sendo a maioria no Amazonas (9.803).
Neste ano, o Ministério chegou a acenar sobre uma possível campanha nacional de vacinação contra o sarampo com início em 10 de julho que acabou sendo realizada, a partir dessa data, apenas na cidade de São Paulo.
Com surto confirmado da doença pela Secretaria Municipal de Saúde, a capital paulista, que registra 111 casos até o momento em todas as regiões da cidade, prorrogou a campanha de vacinação, que encerraria nesta sexta-feira (12), até 16 de agosto.
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Já o Estado de São Paulo, que realiza campanha conjuntamente com o município, ampliou a vacinação a partir desta quinta-feira (11) para cinco cidades, onde há a circulação do vírus: Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul.
Em ambas as campanhas, o "Dia D" de imunização está previsto para 20 de julho.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a Baixada Santista também está com uma campanha de vacinação em curso, que teve início em fevereiro devido a notificações de casos no navio de cruzeiro Seaview, da MSC. O local é considerado ponto estratégico de grande circulação de pessoas ao abrigar o maior porto da América Latina.
O público-alvo de ambas as campanhas são jovens entre 15 e 29 anos, que correspondem a 47% dos total de casos. É considerada uma faixa etária mais vulnerável devido à baixa procura pela segunda dose da vacina - a proteção contra a doença exige duas doses do imunizante.
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O segundo grupo mais afetado pela doença são crianças com menos de 1 ano (17,5%) dos casos, segundo a Secretaria Estadual.
O esquema vigente de vacinação do Ministério da Saúde para crianças é o de uma dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ao 1 ano de idade e uma da quadrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) ao 1 ano e 3 meses de idade. Para quem não se vacinou no período, a tríplice viral é oferecida gratuitamente em duas doses até os 29 anos ou em uma dose dos 30 aos 49 anos. Os demais devem recorrer às clínicas privadas.
Mesmo após o fim da campanha de vacinação contra o sarampo, o imunizante continua disponível na rede pública durante o ano inteiro.
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