Testes clínicos mostram que primeira vacina contra a chikungunya pode estar próxima

Imunizante, identificado pela sigla VLA1553, se demonstrou seguro e eficaz em estudo de fase 3

13/06/2023 - 14h48 (Atualizado em 29/03/2024 - 05h55)

Testes clínicos revelam que pode estar próximo o desenvolvimento de uma vacina eficaz e segura contra a chikungunya, doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (vetor também da dengue) e Aedes albopictus (transmissor da febre amarela).

Artigo publicado pela revista científica Lancet com o resultado de um ensaio clínico de fase 3 da vacina identificada pela sigla VLA1553, desenvolvida pela empresa farmacêutica franco-austríaca Valneva, relata que o imunizante foi capaz de induzir a criação de anticorpos contra o vírus chikungunya. Existem outros ensaios dessa mesma fase ainda em curso — um deles com adolescentes no Brasil.

Este estudo de fase 3 foi realizado em 43 centros de testes de vacinas profissionais nos Estados Unidos. Os participantes eram voluntários saudáveis com 18 anos de idade ou mais. Segundo o artigo, de 17 de setembro de 2020 a 10 de abril de 2021, 6.100 pessoas se dispuseram a participar do teste e foram examinadas; 1.972 pessoas foram excluídas e 4.128 foram aprovadas. Dessas, 3.093 tomaram a vacina e 1.035 receberam placebo. Desistiram do teste antes do fim da pesquisa 358 pessoas vacinadas e 133 que receberam placebo.

O teste avaliou 362 participantes (266 que tomaram a vacina e 96 que receberam placebo). Após uma única dose, a VLA1553 induziu a criação de anticorpos contra o vírus chikungunya em 263 (98,9%) dos 266 vacinados, 28 dias após a imunização, independente da idade.

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A vacina foi considerada segura, com um perfil de eventos adversos semelhante ao de outras vacinas licenciadas e igualmente bem toleradas em adultos jovens e idosos. Eventos adversos graves foram relatados em 46 (1,5%) dos participantes expostos ao VLA1553 e oito (0,8%) dos participantes que receberam placebo.

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Apenas dois eventos adversos graves foram considerados relacionados ao tratamento com VLA1553: uma mialgia leve e uma síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético. Os dois participantes se recuperaram totalmente.

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"Ela poderia representar a primeira vacina contra o chikungunya para quem vive em regiões endêmicas, bem como para viajantes", afirmou Martina Schneider, chefe de estratégia clínica da Valneva e principal autora do estudo.

O teste realizado no Brasil, com 750 voluntários adolescentes de 12 a 17 anos e duração de 15 meses, deve ser concluído em breve. Segundo a empresa, autoridades americanas podem aprovar a vacina a partir de agosto.

A doença

Identificada pela primeira vez na Tanzânia em 1952, a chikungunya chegou ao Brasil em 2013, mas se alastrou bastante. Desde então, mais de 250 mil pessoas contraíram a doença no país.

Seus principais sintomas são febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos — dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer também dores de cabeça e nos músculos, além do surgimento de manchas vermelhas na pele.

Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. O início dos sintomas pode demorar de dois a dez dias após a infecção (o chamado período de incubação).

A principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente tornozelos e pulsos. Ao contrário do que acontece com a dengue, não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.

Saiba quem tem mais chances de ter deficiência de magnésio e quais os benefícios da suplementação

A deficiência de magnésio pode causar ou predispor a uma série de problemas de saúde. Importantes estudos realizados nos últimos anos mostram os benefícios desse mineral para o bom funcionamento do organismo. Ele normalmente é obtido a partir da alimentação, mas algumas pessoas têm mais risco de ter deficiência, sendo necessário — mediante orientação médica — realizar a suplementação. Veja a seguir quem está mais suscetível a ter níveis de magnésio abaixo do ideal

Problemas gastrointestinais

Algumas pessoas podem ter enjoo, diarreia e outros sintomas gastrintestinais durante um ataque de pânico. Isso ocorre, novamente, pela ativação do sistema nervoso autônomo, que desvia o fluxo sanguíneo dos órgãos digestivos para os músculos e órgãos envolvidos na resposta de "luta ou fuga". Também podem haver episódios de azia, constipação e desconforto abdominal

Indivíduos com diabetes tipo 2

Quando existe resistência à insulina, como ocorre no diabetes tipo 2, há também uma maior eliminação de magnésio pelos rins, o que aumenta o risco de deficiência

O consumo exagero de bebidas alcoólicas pode trazer consequências à saúde. O alto índice calórico do álcool, além de outros componentes tóxicos, faz com que o organismo priorize o seu metabolismo, favorecendo o estoque de gorduras que se depositam, principalmente, na área abdominal, levando ao sobrepeso e até à obesidade

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Idosos

Com o passar dos anos, a absorção do magnésio no intestino pode ser diminuída. Também há remédios que idosos costumam tomar, como diuréticos e inibidores da bomba de prótons (por exemplo, omeprazol, pantoprazol etc.), que tendem a aumentar a eliminação do mineral

Grávidas

O aumento da demanda de magnésio pelo corpo aumenta na gestação, devido ao crescimento fetal, predispondo as grávidas à deficiência

Atletas de resistência

Devido à transpiração excessiva durante exercícios e à consequente perda de magnésio, atletas de resistência também são outro grupo suscetível à deficiência desse mineral

É importante ressaltar que pessoas com níveis normais de magnésio não precisam fazer suplementação, muito menos sem supervisão médica. Há diversas formulações, que podem ser prescritas por um especialista. Para algumas condições e grupos específicos, há estudos confiáveis que sugerem potenciais benefícios de tomar suplementos desse mineral. Entenda a seguir

Pressão arterial

Em uma meta-análise, publicada em 2017 no The American Journal of Clinical Nutrition, pesquisadores sugeriram que "a suplementação de magnésio reduz significativamente a pressão arterial em indivíduos com resistência a insulina, pré-diabetes ou outras doenças crônicas não transmissíveis"

Metabolismo da glicose

Outra revisão de estudos, publicada em 2016 no European Journal of Clinical Nutrition, mostrou que a suplementação de magnésio pode melhorar o metabolismo da glicose em pessoas com diabetes ou em risco de desenvolver a doença

Redução da ansiedade e do estresse

Uma revisão de 18 estudos já divulgados sobre a relação entre magnésio e redução da ansiedade e do estresse, publicada na revista Nutrients, em 2017, concluiu que existem evidências de um "efeito benéfico do magnésio na ansiedade subjetiva", embora os autores admitam que sejam necessários estudos mais bem desenhados para confirmar a eficácia da suplementação em pessoas com esse transtorno

Quando você vai ao médico fazer um check-up, certamente sai com uma lista de exames de sangue. Muitos deles são siglas, cujo objetivo final bastante gente desconhece. Descubra a seguir o que revelam os principais testes solicitados por profissionais de saúde

A deficiência de magnésio pode causar ou predispor a uma série de problemas de saúde. Importantes estudos realizados nos últimos anos mostram os benefícios desse mineral para o bom funcionamento do organismo. Ele normalmente é obtido a partir da alimentação, mas algumas pessoas têm mais risco de ter deficiência, sendo necessário — mediante orientação médica — realizar a suplementação. Veja a seguir quem está mais suscetível a ter níveis de magnésio abaixo do ideal