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Você sabia? Usados para febre e dor, AAS e ibuprofeno são, na verdade, anti-inflamatórios

Remédios inibem a produção de substâncias químicas chamadas prostaglandinas,  responsáveis por desencadear a resposta inflamatória no corpo

Saúde|Do R7

AAS e ibuprofeno podem fazer mal para o estômago em alguns casos
AAS e ibuprofeno podem fazer mal para o estômago em alguns casos

É comum que muitas pessoas com dores ou febre recorram a dois tipos de medicamentos normalmente utilizados para tratar esses sintomas: o AAS (ácido acetilsalicílico) ou o ibuprofeno. Todavia, em sua origem, eles são remédios classificados como AINEs (anti-inflamatórios não esteroides).

O mecanismo de ação do AAS e do ibuprofeno difere de outros remédios disponíveis nas prateleiras das farmácias para o tratamento de febre e dor, como, por exemplo, o paracetamol e a dipirona.

No caso desses dois AINEs, eles possuem também propriedades analgésicas (aliviam a dor) e antipiréticas (reduzem a febre) e funcionam inibindo a produção de substâncias químicas chamadas prostaglandinas, responsáveis por desencadear a resposta inflamatória no corpo.

A dipirona, por outro lado, também possui alguma ação anti-inflamatória, mas muito mais leve. Já o paracetamol praticamente não possui efeito anti-inflamatório, tendo mais efeitos analgésicos e antipiréticos.


Embora todos esses quatro medicamentos sejam vendidos livremente nas farmácias, sem a necessidade de receita, é essencial ter a orientação de um médico ou de um farmacêutico na hora de consumi-los. O autotratamento pode ser perigoso e pode levar a complicações graves.

O AAS, por exemplo, não deve ser usado por pacientes com suspeita de dengue, uma vez que essa doença pode evoluir para quadros hemorrágicos, e o ácido acetilsalicílico tem propriedades anticoagulantes e pode aumentar o risco de sangramento.


Além disso, o AAS também é contraindicado para pessoas com úlceras no estômago ou no intestino, histórico de sangramento gastrointestinal, problemas graves de fígado ou rins ou asma não controlada.

Da mesma forma, o ibuprofeno deve ser usado com cautela por pessoas com úlcera péptica ativa, sangramento gastrintestinal ou em casos em que o ácido acetilsalicílico, iodeto e outros anti-inflamatórios não esteroides tenham induzido asma, rinite, urticária, pólipo nasal, angioedema, broncoespasmo e outros sintomas de reação alérgica ou anafilática, segundo a bula do medicamento. 

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