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Vendas de 'kit covid' caem após avanço da vacinação no Brasil

Dados são do Conselho Federal de Farmácia; medicamentos ineficazes contra a doença incluem hidroxicloroquina e ivermectina

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Fabricantes de remédios do 'kit covid' estão na mira da CPI da Pandemia
Fabricantes de remédios do 'kit covid' estão na mira da CPI da Pandemia

Um levantamento do CFF (Conselho Federal de Farmácia) mostra redução das vendas de medicamentos e suplementos que integram o chamado 'kit covid' — suposto tratamento precoce defendido por algumas pessoas que não tem eficácia contra infecção pelo coronavírus — nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com igual período do ano passado.

Os dados mostram que as vendas de vitamina C nas farmácias brasileiras caíram 63%. O CFF salienta que o suplemento fechou o ano passado com alta de 180%.

O mesmo movimento ocorreu com a comercialização de vitamina D, com decréscimo de 41%. De janeiro a maio do ano passado, houve alta de 83%.

Já as vendas de hidroxicloroquina tiveram redução de 34%; de ivermectina, 31%. Entre janeiro e maio de 2020, as vendas destes dois medicamentos tiveram alta de 111% e 560%, em relação ao mesmo período de 2019.


O consumo de azitromicina, um antibiótico que requer receita, caiu 35% neste ano, após uma alta de 65% nos primeiros quatro meses do ano passado.

Para o farmacêutico Wellington Barros, consultor do CFF, é possível fazer uma relação com a chegada da vacina ao país, embora também já haja um esclarecimento maior da população sobre a ineficácia destes remédios.


“É possível que a chegada da vacina aos braços dos brasileiros tenha neutralizado, em parte, a histeria que desencadeou uma verdadeira epidemia de uso irracional de medicamentos no país”, afirmou em comunicado.

Apesar da queda das vendas, laboratórios que produzem os medicamentos do 'kit covid' estão na mira da CPI da Pandemia. Já se sabe que uma empresa fabricante de ivermectina, por exemplo, patrocinava anonimamente anúncios em jornais impressos a favor do tal tratamento precoce.

Os senadores querem saber se havia empresários por trás do interesse injustificado em bases científicas do governo federal na defesa dos remédios.

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