Zika e chikungunya caem pela metade, mas dengue cresce no país
Centro-Oeste é a região onde a dengue mais aumenta; já o Sudeste assiste ao avanço da zika e da chikungunya, doenças que se proliferam mais no verão
Saúde|Deborah Giannini, do R7
Os casos de zika e chikungunya caíram pela metade, em relação ao ano passado, mas, mesmo assim, ainda são expressivos, sendo 84 mil e 8 mil, respectivamente. Já a dengue continua crescendo no Brasil, entre elas as chamadas dengue grave e dengue com sinais de alarme, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
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A pasta lançou neste mês uma campanha de combate ao Aedes Aegypti, o mosquito transmissor dessas doenças, para as quais não existe vacina e que se proliferam mais intensamente em épocas quentes e chuvosas como o verão.
O país registrou 239 mil casos de dengue no ano passado. Já neste ano foram 241 mil. Chama a atenção o crescimento do número de casos graves e com sinais de alarme, quando há possiblidade de agravamento do quadro. Neste ano foram 285 e 3.282, respectivamente. Em 2017, 281 e 2.638. O maior registro desses tipos de dengue ocorreu na região Centro-Oeste, com 119 e 2.025 casos.
O Ministério ressalta que ainda há 309 casos de dengue grave e dengue com sinais de alarme e 162 mortes em investigação. No total, a dengue matou 142 pessoas este ano.
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Os Estados com maior incidência da dengue são Goiás (1.143,7 casos por 100 mil habitantes), Rio Grande do Norte (655 casos por 100 mil habitantes) e Acre (598 casos por 100 mil habitantes).
Em relação às cidades, a primeira do ranking é Coremas (PB), com 7.080 casos por 100 mil habitantes, seguida de Senador Canedo (GO), com 3.501 casos por 100 mil habitantes, Aparecida de Goiânia (GO), com 2.829 casos por 100 mil habitantes, e Goiânia (GO), com 1.459 casos por 100 mil habitantes.
Já os casos de chikungunya caíram de 185 mil no ano passado 84 mil este ano. Segundo o Ministério, 64 mil foram confirmados, o que corresponde a 76%. A incidência é de 40 casos por 100 mil habitantes.
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A doença cresce no Sudeste, que apresentou o maior número de casos prováveis, 50 mil, ou 60% do total do país. Em seguida estão o Centro-Oeste e o Nordeste.
A maior incidência foi registrada nos Estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Pará. Entre as cidades destacam-se Santo Antônio de Pádula (RJ), com 2.112 casos por 100 mil habitantes, Coronel Fabriciano (MG), com 4.606 casos por 100 mil habitantes, Campos dos Goytacazes (RJ), com 1.338 casos por 100 mil habitantes, e São Gonçalo (RJ), com 63 casos por 100 mil habitantes.
Foram confirmadas 35 mortes em laboratório e 45 estão em investigação. A zika também apresentou redução, caindo de 17 mil casos no ano passado para 8 mil este ano. A taxa de incidência é de 3,8 casos por 100 mil habitantes no país.
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A região Sudeste também é a mais atingida, com 2.969 casos, o que equivale a 37 % do total do país. O Nordeste está em segundo lugar e o Centro-Oeste, em terceiro. As cidades com maior incidência são Pé de Serra (BA), com 1.161 casos por 100 mil habitantes, Niterói (RJ), com 58 casos por 100 mil habitantes, Cuiabá (MT), com 34 casos por 100 mil habitantes, e São Gonçalo (RJ), novamente, com 63,7 casos por 100 mil habitantes.
Foram quatro mortes confirmadas por zika na Paraíba, em Alagoas, São Paulo e Goiás. Em relação às gestantes, houve registro de 1.058 casos prováveis, sendo 420 confirmados. A zika em gestantes causa microcefalia no feto.
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