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A inteligência artificial vai mudar para sempre a forma de fazer compras online; veja como

As grandes da tecnologia apostam em assistentes de IA que farão todo o trabalho por você na hora das compras pela internet

Tecnologia e Ciência|Lisa Eadicicco, CNN

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Gigantes da tecnologia, como Google, Amazon e OpenAI, competem para integrar inteligência artificial nas compras online.
  • Novos recursos de IA estão sendo lançados para facilitar a experiência de compra, como ligações automáticas para lojas e pedidos automáticos quando preços caem.
  • Especialistas projetam que a IA transformará profundamente as compras online, rivalizando inovações como smartphones e computadores pessoais.
  • Ainda que o ChatGPT e novas startups avancem, plataformas estabelecidas como Amazon e Google continuam dominantes no setor.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Gigantes da tecnologia travam uma corrida para incluir novas ferramentas de compra com inteligência artificial Illustration by Leah Abucayan/CNN/Getty via CNN Newsource

Você já pode comprar praticamente qualquer coisa com um clique. Agora, as gigantes da tecnologia querem que a inteligência artificial faça isso por você — automaticamente.

Google, Amazon e OpenAI travam uma disputa intensa para integrar ferramentas de IA às experiências de compra digital, com o objetivo de dominar uma das atividades mais centrais da vida online: o consumo.


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“Quem conseguir se tornar essencial nesse processo vai monetizar a atenção do público de diversas maneiras”, afirmou Jeremy Goldman, diretor sênior de marketing e tecnologia da eMarketer.

O resultado dessa corrida pode definir quem serão os vencedores e perdedores da próxima era da internet.


IA e o novo comportamento de compra

As compras estão entre as atividades mais populares da web, e o avanço da IA começa a remodelar o setor. Enquanto Amazon e Google tentam proteger seu espaço, novos concorrentes — como a OpenAI e a Perplexity — entram na disputa.

Nos Estados Unidos, desde setembro, usuários podem adquirir produtos do Etsy diretamente pelo ChatGPT, permanecendo dentro do próprio chatbot. Em outubro, a OpenAI anunciou parceria semelhante com o Walmart.


Já o navegador Comet, da Perplexity, permite configurar agentes de IA para realizar compras na Amazon — o que levou a empresa de Jeff Bezos a enviar uma notificação judicial à startup.

Segundo dados da Salesforce, a IA estará envolvida em US$ 73 bilhões em vendas online globais — cerca de 22% dos pedidos — entre a terça-feira anterior ao Dia de Ação de Graças e a Cyber Monday.


O tráfego de assistentes virtuais cresceu 119% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.

Google e Amazon aceleram

Diante dessa transformação, o Google anunciou nessa quinta-feira (13) uma série de novos recursos de compras com IA.

O sistema poderá ligar automaticamente para lojas locais, verificar disponibilidade de produtos e informar preços e promoções. Usuários verão a opção “Deixe o Google ligar” em resultados de busca selecionados.

A empresa também permitirá fazer compras dentro do aplicativo do chatbot Gemini e lançará uma função que faz pedidos automaticamente quando o preço de um item cai abaixo de determinado valor.

Segundo o Google, mais de 1 bilhão de buscas diárias em suas plataformas estão relacionadas a compras.

A Amazon, por sua vez, vem expandindo o uso de IA em seu aplicativo de compras, incluindo o assistente Rufus, que responde a perguntas sobre produtos e oferece recomendações personalizadas.

As interações com o Rufus cresceram 210% em um ano, e usuários do chatbot têm 60% mais chances de concluir uma compra, segundo o CEO Andy Jassy.

A nova era da internet

Especialistas afirmam que o uso da IA nas compras online é apenas o início de uma mudança profunda.

“Essas experiências se sobrepõem e ampliam a forma como as pessoas buscam informações e realizam tarefas”, explica Vidhya Srinivasan, vice-presidente de anúncios e comércio do Google.

Para analistas da Gartner, a tecnologia pode ser comparada a revoluções como o smartphone ou o computador pessoal.

“Grandes inovações sempre geram rupturas, abrindo espaço para startups e empresas menores ultrapassarem os líderes de mercado”, diz Brad Jashinsky, especialista em varejo da consultoria.

Mas isso não significa que o ChatGPT vai substituir a Amazon ou o Google de um dia para o outro. Essas plataformas ainda têm uma base consolidada, com ecossistemas robustos, como o Amazon Prime.

Além disso, 66% dos americanos nunca usaram o ChatGPT, segundo o Pew Research Center.

Ainda assim, há mais em jogo do que o domínio das compras virtuais. “As big techs se perguntam se querem participar da visão de outro grupo sobre a internet — ou criar a sua própria”, resume Goldman.

“A dúvida é: quero ser parte do eixo central ou apenas uma engrenagem dele?”, pergunta.

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