CEO do Google quer utilizar inteligência artificial na saúde
Empresa quer potencializar o uso de inteligência artificial na área médica nos próximos 10 anos e promete atender a privacidade de dados
Tecnologia e Ciência|Do R7
Sundar Pichai, presidente-executivo da Alphabet, empresa mãe do Google, disse nesta quarta-feira que os serviços de saúde oferecem o maior potencial para o uso da inteligência artificial para melhorar seus resultados nos próximos cinco a 10 anos, e prometeu que a gigante de tecnologia atenderá às preocupações com a privacidade.
Parlamentares dos Estados Unidos levantaram questões sobre o acesso do Google aos registros de saúde de dezenas de milhões de norte-americanos. A Ascension, que opera 150 hospitais e mais de 50 instalações residenciais para idosos nos Estados Unidos, é o maior cliente de computação em nuvem do Google no setor de saúde.
"Quando trabalhamos com hospitais, os dados pertencem aos hospitais", disse Pichai em um painel no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
"Mas veja o potencial aqui. Câncer, se muitas vezes não for diagnosticado, a diferença do desfecho é profunda. No câncer de pulmão, por exemplo, cinco especialistas concordam com uma coisa e cinco concordam com outra. Sabemos que podemos usar a inteligência artificial para tornar os diagnósticos melhores", acrescentou Pichai.
O Google passou vários anos desenvolvendo inteligência artificial para analisar automaticamente exames de ressonância magnética e outros dados de pacientes para identificar doenças e fazer previsões destinadas a melhorar os resultados e reduzir custos.
Parlamentares dos EUA pediram à empresa em novembro que forneça informações sobre outros sistemas de saúde que dão informações ao Google, se os clientes da Ascension terão permissão para sair do projeto e se os dados serão usados para vender anúncios.
Pichai disse que já existem fortes regulamentos de proteção à privacidade que fornecem uma estrutura para o Google operar.
O Google firmou um acordo em novembro para adquirir A Fitbit por 2,1 bilhões de dólares, com o objetivo de entrar no segmento de wearables e investir em tecnologia relacionada à saúde. Espera-se que a aquisição seja examinada de perto pelos reguladores antes de ser concluída.