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Tecnologia e Ciência

Facebook é a plataforma mais usada para aliciar crianças, diz estudo

Pesquisa realizada no Reino Unido mostra que redes sociais foram usadas em 65% dos mais de 5,1 mil crimes de aliciamento no país em 18 meses

Tecnologia e Ciência|Do R7

Apps do Facebook foram mais usados em aliciamentos
Apps do Facebook foram mais usados em aliciamentos

Um levantamento feito junto aos departamentos de polícia do Reino Unido mostrou que as redes sociais, de maneira geral, e produtos do Facebook, em particular, vêm sendo cada vez mais usadas em casos de aliciamentos de menores.

A pesquisa, compilada pela NSPCC (Sociedade Nacional de Prevenção da Crueldade Contra Crianças, na sigla em inglês), mostra que no período de um ano e meio entre abril de 2017 e setembro de 2018, foram registrados 5161 casos de assédio online a menores.

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Desse total, por volta de 3,4 mil casos (ou 65% do total) aconteceram em redes sociais. As diferentes plataformas do Facebook — Instagram, Whatsapp e Messenger — foram usadas nesses crimes cerca de 1900 vezes, respondendo por 55% dos casos denunciados.


Críticas às redes

Em entrevista à mídia britânica, o presidente da NSPCC, Peter Wanless, cobrou que o governo local e outros países do mundo tomem atitudes para combater esse problema.


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"Esses números são uma prova muito forte de que a tarefa de manter as crianças em segurança não pode ser delegada às redes sociais. Não podemos esperar pela próxima tragédia antes de fazer essas empresas agirem", afirmou.

A disparada no número de casos registrados no Instagram foi destacada por Wanless. "É preocupante ver o crescimento exorbitante de denúncias de aliciamento no Instagram, é importante que a plataforma crie uma proteção melhor no serviço para os mais jovens", alertou.


Relato de abuso

Para exemplificar o problema, a NSPCC divulgou a história de Emily (nome fictício). Ela tinha 13 anos quando foi aliciada por um homem de 24. Quando começaram a conversar, ele disse que tinha 16 anos, e logo mudou para 18.

"Tudo aconteceu muito rápido. Trocamos mensagens, logo ficaram sexuais, depois fotos, vídeos e então combinamos dele me buscar depois da escola. Ele me levou para um lugar mais isolado e então fez sexo à força comigo. Depois me largou no meio da rua, sangrando e chorando. Essa foi minha primeira experiência sexual", relatou a garota.

Nota do Facebook

Em nota, o Facebook afirmou que a segurança das crianças é sua principal prioridade.

"Usamos tecnologias avançadas e trabalhamos junto com a polícia e os serviços de proteção às crianças para lutar contra esse tipo de conteúdo e proteger os jovens", disse a empresa no comunicado.

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