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Tecnologia e Ciência

FBI aconselha a não usar entradas USB de aeroportos, hotéis e outros locais públicos

Hackers e golpistas podem instalar malwares, que roubam dados de dispositivos, incluindo senhas, pelas portas

Tecnologia e Ciência|Filipe Siqueira, do R7

Carregadores USB em locais públicos representam risco de segurança
Carregadores USB em locais públicos representam risco de segurança

Autoridades federais de segurança dos Estados Unidos alertaram sobre o risco de carregar celulares e outros dispositivos em portas USB de locais públicos, como aeroportos, hotéis e parques. Segundo o FBI, esses pontos podem ser alterados para infectar aparelhos com malwares.

O conselho foi dado no Twitter, e a agência disse ainda que a melhor opção é levar um carregador e cabo USB próprios.

Em um comunicado posterior enviado ao canal CNBC, a agência afirmou que se trata de uma mensagem rotineira, que não está vinculada a nenhum incidente recente e tem mais a ver com o crescimento de crimes e fraudes cibernéticas.

O lembrete é um fragmento de um pequeno manual de conselhos da agência para lidar com ameaças de hackers no uso rotineiro da internet.


A técnica de ataque que utiliza vulnerabilidades do padrão USB é conhecida como "juice jacking". Para aplicar o golpe, criminosos abrem as entradas e as substituem por um hardware infectado.

Com a conexão física, é possível instalar malwares capazes de roubar e alterar senhas, exportar dados ou mesmo comprometer permanentemente o dispositivo, tornando-o um caríssimo peso de papel.


A saída, como ressalta o aviso da agência, é evitar completamente entradas USB públicas e preferir tomadas elétricas comuns, ou mesmo os novos carregadores sem fio.

Dispositivo evita roubo de dados e só permite transmissão de energia elétrica
Dispositivo evita roubo de dados e só permite transmissão de energia elétrica

Uma possibilidade é usar uma "camisinha USB" (a mais famosa é a PortaPow USB Data Blocker), um dispositivo que bloqueia a transmissão de dados pela porta USB e permite apenas a transmissão de eletricidade. Há também cabos inteiros que contam com a proteção (o mais conhecido deles é o PortaPow USB-C to C Data Blocker).


Wi-fi e bluetooth também são arriscados

Segundo a Comissão Federal de Comércio (FCC) dos EUA, também é necessária proteção especial para se conectar a redes bluetooth de desconhecidos e wi-fi públicos, que "podem ser pontos de acesso vulneráveis ​​para roubo de dados ou identidade".

O melhor a fazer é ter certeza de que a rede usa criptografia WPA2 (abaixo do nome da rede está listado o padrão de criptografia usado), e só se conectar a sites com "https://" na barra de endereços.

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Essa medida é uma forma de evitar o ataque conhecido como "man-in-the-middle" (homem no meio, em tradução livre), em que um criminoso intercepta os dados transmitidos entre dois dispositivos.

É importante ter certeza também de que está se conectando na rede certa do estabelecimento, já que uma das táticas mais comuns de golpistas é criar redes-fantasmas parecidas com pontos legítimos de wi-fi para roubar dados de quem se conecta a elas.

"Se você utiliza pontos de acesso de wi-fi públicos regularmente, considere o uso de uma rede privada virtual, que criptografará todas as transmissões entre seu dispositivo e a internet. Muitas empresas oferecem VPNs a seus funcionários para fins de trabalho, e os indivíduos podem assinar VPNs por conta própria", aconselha também o site da FCC.

LEIA ABAIXO: Dia da Internet Segura: confira dicas para se proteger na web

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