A cotação do bitcoin aumentou ainda mais nesta quarta-feira (06), rompendo acima dos US$ 13 mil (R$ 42 mil) e estabelecendo um novo recorde, apesar de questionamentos sobre o real valor da criptomoeda e preocupações sobre uma possível formação de bolha. A moeda digital ganhou impulso após o anúncio do principal órgão regulador de derivativos dos Estados Unidos na sexta-feira (1) de que permitira a CME Group e a CBOE Global Markets a listarem contratos futuros de bitcoin. A decisão deixa portas abertas para maior regulação, mas também para mais adesão pelo público convencional, uma vez que futuros da bitcoin e outros derivativos facilitariam a negociação da nova classe de ativos. “A simples percepção de famílias ao redor do mundo de que CME e CBOE estão dando legitimidade à bitcoin é o que realmente está puxando o grande rali aqui”, disse o diretor de estratégia global de produto e marketing da Cambridge Royal Payments em Toronto, Karl Schamotta. O crescimento em mais de dez vezes do valor da bitcoin, de menos de US$ 1 mil no início do ano, tem gerado mais preocupações sobre regulação da moeda ao redor do mundo. Algumas personalidades importantes como o economista vencedor do Nobel Joseph Stiglitz têm afirmado que as criptomoedas deveriam ser consideradas ilegais. “Estamos em um processo de bolha e uma das características de um mercado que passa por bolha é que não há forma de saber quando ela vai estourar”, disse Mick McCarthy, estrategista chefe de mercado da CMC Markets, em Sydney. A bitcoin exibia alta de 12,2% às 19:51 (horário de Brasília) na bolsa de Luxemburgo Bitstamp, cotada a 13.100 dólares. Mais cedo, a moeda alcançou o recorde de US$ 13.127,01. “Há muito dinheiro fluindo para bitcoin agora, a maior parte motivada por medo de perda da oportunidade e ganância”, disse Leonhard Weese, presidente da Associação da Bitcoin em Hong Kong.