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Tecnologia e Ciência

Governo dos EUA investiga mais dois acidentes fatais que envolvem uso de piloto automático da Tesla

Desde junho de 2021, já são 16 mortes com o AutoPilot dos carros da empresa ligado

Tecnologia e Ciência|Filipe Siqueira, do R7

Sistema de assistência de direção de carros da Tesla está sob investigação
Sistema de assistência de direção de carros da Tesla está sob investigação

A montadora Tesla, do bilionário Elon Musk, reportou que o sistema de piloto automático de seus carros está envolvido em dois novos acidentes fatais. Desde que autoridades de segurança de trânsito dos EUA tornaram obrigatórios relatórios de acidentes com sistemas do tipo, em junho de 2021, já são 16 mortes que implicam de alguma forma a função AutoPilot.

Segundo a NHTSA (Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário, em português), os dois acidentes mais recentes ocorreram em 15 de setembro e 15 de outubro, e envolveram veículos Tesla Model 3 que estavam com o AutoPilot ligado.

Desde agosto de 2021, a agência ampliou uma investigação iniciada sobre possíveis defeitos ou problemas com o sistema automatizado de direção da empresa, mas ainda não divulgou nenhum relatório.

Já o Departamento de Justiça iniciou um inquérito semelhante, justamente por causa do aumento de colisões fatais que envolveram o AutoPilot.


Segundo a Bloomberg, autoridades dos Estados Unidos não descartam a possibilidade de um recall dos 830 mil veículos da empresa dotados do sistema de pilotagem automática.

Já no total de acidentes, não apenas fatais, a Tesla responde por 70% deles. São 474 ocorrências, muito acima da Honda, a segunda colocada, com 107 acidentes.


A NHTSA ressalva, porém, que os relatórios de acidentes do tipo não são padronizados, o que pode provocar duplicações ou mesmo subnotificação por parte das montadoras. Além disso, a empresa de Musk é a que mais vende veículos com funções de assistência de direção.

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Investigações do tipo são consideradas complexas, por precisarem estabelecer até onde o acidente é culpa do sistema falho ou de um possível excesso de confiança do motorista — algo que não é incentivado nos manuais da empresa, que adverte que o condutor deve estar sempre com as mãos no volante e atento ao trânsito.

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